25.6.07

A NÃO ESQUERDA


A esquerda lisboeta, representada pelo "Zé", pelo Ruben, pela Helena e por mais uma ou outra insignificância, deseja ardentemente que a não-esquerda, representada pelo dr. Costa, faça uma coligação. Costa, praticamente logo depois de ter deixado o bibe na JS, ajudou a fabricar a famosa coligação PC-PS a cujo andor presidiram Sampaio e João Soares durante doze anos. Ele lembrou vagamente o assunto e depois passou rapidamente para a terraplanagem da Portela. Com vitória e sem maioria, Costa vai precisar de alguma destas luminárias para refazer o mito. De caminho, aplaina a sua própria imagem, tão desgastada pela deriva autoritarista dos dois últimos anos. Como ninguém tem vergonha na cara e como são todos "democratas", acabarão fatalmente ao colo uns dos outros. De longe, o paladino do "diálogo entre as civilizações", Sampaio, verterá mais uma furtiva lágrima por tamanho encanto. Entretanto, o dr. Negrão quer "deitar abaixo" a "zona J", o sr. Telmo pinta paredes e a dra. Nogueira Pinto deslumbra-se com o putativo futuro vereador do urbanismo de Costa, o arquitecto Salgado, à espera que o Chiado lhe caia nas mãos. Salgado agradece seguramente uma "mulher de palha" disposta a tudo por uma sinecura. E Costa, por fim, agradecerá à direita mais imbecil que se tem visto nos últimos tempos. Por isso, nem sequer precisa da esquerda dos outros. Basta-lhe ser - como tem sido - a não esquerda.

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu, por mim, com um cesto de ovos tão lindo já faço a "coligação" em jeito de omeleta : voto em todos e em cada um.

Anónimo disse...

A dicotomia esquerda/direita sempre me tem provocado certos pruridos.Quando exponho o meu pensamento, uns, dizem que sou de direita e eu mando-os às malvas; outros, acusam-me de ser de esquerda e "faço" para eles.
Muitos "ideólogos" têm tentado impor neste país as suas ideias. E o país, que já foi pântano, está agora numa autêntica esterqueira, muitíssimo fétida.
O certo, certo, é que temos cada mais miséria nuns e mais riqueza chocante noutros.
É urgente acabar com tal estado de coisas. E, para o conseguir, penso que só dois caminhos podem ser trilhados: o do socialismo cristão, puro ou o do capitalismo cristão.
Todos os outros socialismos e capitalismos só servem para governo de vida de uns tantos.
Embora possa aceitar o socialismo cristão, na pureza da sua concepção, respeitadas certas condições, prefiro o capitalismo cristão por verificar que só o dinheiro faz mexer o homem.

Anónimo disse...

lisboa não é portugal e lisboa não me diz nada. vão brincar com marrocos e deixem as pessoas em paz. Fronteiras no douro já senão cortamos a luz na barragem do pocinho