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12.8.09

VIVER HABITUALMENTE?


Por curiosidade fui ler dois bloggers que escrevem no mesmo jornal. O Carlos Abreu Amorim aliviou-se por instantes da sua azia "maneleira" e até tem razão. O "ideal monárquico", em 2009, não passa de uma «mescla entre um vago saudosismo pindérico com um esforço de ostentação onomástico.» E cito propositadamente o CAA por causa do outro blogger, o Francisco José Viegas. Segundo ele, «o ‘alinhamento’ voltou a estar na moda e a reabilitar antigas intolerâncias» dentro da chamada "blogosfera". Isto por causa das eleições. Continuo a citar. «Agustina Bessa-Luís chamava a atenção para a existência de épocas em que o ressentimento e a mediocridade andam de mãos dadas – os períodos pré-eleitorais são o exemplo de como a inteligência pode atrofiar-se em ambos os sentidos.» É verdade. Porém o Francisco não estava à espera que a blogosfera - onde já estão instalados, como metásteses, vícios dos media tradicionais que ele menciona e outros como o "videirismo", o "amiguismo" e o "maria vai com as outras" da "redacção única" - adoptasse, perante os referidos actos eleitorais, uma posição "branca" como o sorriso idiota do sr. Blair. Eu, pelo menos, não consigo estar bem com Deus e com o diabo. Mas admito que a sobrevivência do regime e, por consequência, de algumas das suas "elites" dependa desse implícito convénio "respeitoso" (para recorrer a um termo de José Sócrates) por mais hipócrita que ele seja. A complacência generalizada com a graçola da bandeira - e, lá está, não é por estarem envolvidos amigos meus que não deixo de considerar pífia a coisa - é um pequenino exemplo do que digo. "Viver habitualmente" era um dos lemas do Estado Novo. Já chega, não?

(Também aqui)

31.7.09

"CONSCIÊNCIA CRÍTICA"


«Um em cada três eleitores portugueses não votou nas europeias por falta de confiança ou insatisfação quanto à política (28 por cento), revela o primeiro Eurobarómetro realizado após as eleições de 7 de Junho. Na lista das razões para ter ficado em casa, o Eurobarómetro hoje divulgado revela que 23 por cento dos inquiridos respondeu : desinteresse pela política. Um em cada dez dos inquiridos é da opinião que o voto não tem consequências e não muda nada (11 por cento). São números que acompanham a opinião geral na Europa.» Lê-se no Público. Sublinhado meu. A isto pode chamar-se perfeitamente "consciência crítica" do eleitorado. E da boa. Vá lá, profissionais da "consciência crítica". Mexam-se. Há uns que estão de férias há quase dois meses e outros vão agora. Depois não se queixem.

5.7.09

TARDE PIASTE

À socapa, envergonhado, numa reunião esconsa com "xerifes" do PS, Sócrates decretou que não há candidaturas simultâneas a deputado e a autarca. Duas amáveis candidatas nesta situação, Leonor Coutinho e Sónia Sanfona, protestaram a sua indignação em nome de uma "política de verdade" (parabéns, dra. Ferreira Leite, já a fazer escola no PS pós-Sócrates) e de não se alterarem as regras a meio do jogo. O sr. Miguel Coelho, o insubstituível cacique de Lisboa, fez o mesmo. Sócrates, ainda por cima (e aquelas senhoras já lho recordaram), permitiu Ana Gomes e Elisa Ferreira, dois desastres anunciados para Sintra e para o Porto, e o Parlamento Europeu. O estatuto de "animal feroz" começa a dissolver-se lentamente numa "barata tonta".

20.6.09

A SINISTRA

«Estas eleições europeias vieram revelar uma esquerda fragilizada e pouco atractiva para os eleitores. Em Portugal, Espanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Alemanha, e países do Leste as derrotas foram nuas e cruas, quer as forças de esquerda estivessem no governo quer na oposição, o que anula o efeito "gestão da crise" para se poder explicar o que se está a passar.» (Medeiros Ferreira, Correio da Manhã).

19.6.09

O ÓBVIO E O OBTUSO

O óbvio: «Ao contrário da América, que sai de oito anos de um extremismo cego e absurdo e aspira a uma "revolução", esta pequena parte do Ocidente (e não com certeza o "Ocidente" dos 27) aspira à normalidade - ao regresso a uma vida regular e tranquila, em que ninguém se meta e que ninguém agite, excepto por necessidade absoluta. O antigo entusiasmo pelos visionários morreu. A "Europa" vota - quando vota - para a deixarem sossegada e quieta. E a tratarem com cuidado e respeito. Como, aliás, Sócrates não tardará a verificar.»

Vasco Pulido Valente, Público

O obtuso: «Tendo deste Governo uma opinião globalmente positiva, o resultado das últimas eleições surpreendeu-me. Imaginava para o PS uma vitória sofrida (...). Eis a minha tese: o PS caiu às mãos da crise económica. Não foi derrotado, nem por erros governamentais, nem por méritos da oposição. Foi uma derrota injusta.»

Daniel Amaral, Diário Económico

18.6.09

POLÍTICA FUNGÍVEL


A D. Elisa Ferreira, num acto de comovida generosidade, "prometeu" aos portuenses que renuncia aos "dourados" (sic) de Bruxelas se for eleita presidente da Câmara. Felizmente a D. Elisa levará a maior sova eleitoral de que haverá memória na "cidade surpreendente", algo que fará rir às escâncaras o próprio Fernando Gomes, a "primeira vítima" de Rui Rio. Aliás, esta candidatura politicamente pornográfica não merece outro destino. Pensei que Elisa Ferreira ainda era das poucas da "esquerda moderna" com fibra e vergonha na cara. Infelizmente este rude oportunismo revela que Elisa não percebeu os eleitores de 7 de Junho e que mantém, indemne, o mesmo desrespeito que revelou por eles nas europeias. Dito isto, também me pareceu despropositada a declaração de Paulo Rangel no sentido de poder "regressar" para um eventual governo do PSD depois de uma vitória merecida contra o referido desrespeito pelos eleitores. Não havia necessidade.

Foto: Cidade Surpreendente

16.6.09

BARROSO, AFINAL, VITAL

Vital Moreira ressuscitou provisoriamente ontem para dar conta do seu apoio a Durão Barroso. A Vital não bastou ter sido um mau candidato ao PE. Ainda não se sentou em Estrasburgo e já é "dito-por-não-dito". Em campanha, inspirado pelo glorioso ex-pai da pátria, Soares, não queria o mesmo Barroso que Sócrates já apoiara. Agora é isto. Bem aconselha Medeiros Ferreira: «Espere pelo início do mandato e pela chegada da proposta do Conselho ao PE para anunciar uma decisão. Não se precipite.» Coitado do Vital, sempre com Coimbra na lapela.

14.6.09

RECADO A CAVACO. E A OUTROS

«Não se pode é negar o referendo aos portugueses e depois querer o seu voto representativo.»

Jo
sé Medeiros Ferreira, Correio da Manhã

11.6.09

TEMOS HOMEM


Lembram-se da "velha Europa", o jargão do Bush filho e da sua azougada corte, a doméstica e a internacional? Pois a "velha Europa", agora representada pelas pessoas de Sarkozy e Merkl, "escolheu" hoje o dr. Barroso para um segundo mandato na Comissão Europeia. Ambos saíram reforçados das eleições europeias de domingo e até Sarkozy, que inicialmente estava renitente, agora apenas exige que Barroso, na véspera da eleição, apresente um "programa", presumivelmente um que agrade à "velha Europa". Isto é, a ele e à chanceler alemã. Nada que Barroso não saiba fazer com elegância e um bocadinho de "livro vermelho". Temos homem.

10.6.09

A DERROTA DA «LANGUE DE BOIS»


«Barroso, Sócrates, o PS, o PSD, e o PP, uma comunicação social acrítica, cheia de programas pagos por Bruxelas a favor de uma concepção burocrática da Europa e o “consenso” gigantesco a favor de um europeísmo sem conteúdo, fora dos jogos de poder de Bruxelas, e sem democracia, são os directos responsáveis pela abstenção. Esse foi o aspecto em que todos perderam nessa noite.»

José Pacheco Pereira, Sábado em linha

9.6.09

BEM HAJAM

Finalmente Vital Moreira revelou um pouco de bom gosto e foi descansar para os Açores. Só lhe faz bem, apesar do sr. César - uma espécie de Kim-Jong-Il insular - não gostar muito dele por causa das "autonomias", justamente uma das matérias em que Vital tem razão. Quanto a Ana Gomes, também se deve registar este momento feliz: « [votar] é um direito.Um direito que só vale se for exercido. E é um dever também.» A dra. Gomes - que ainda se vai sujeitar a nova humilhação nas autárquicas - compreendeu perfeitamente (e por antecipação) o sentido da coisa. De facto, exercemos o nosso direito e o nosso dever. Contra eles os dois e a sua destemperada demagogia. Bem hajam.

O SILVA ULULANTE


O dr. Santos Silva, o inevitável dr. Santos Silva, o ministro S. S. da propaganda, regressou imediatamente com o seu melhor estilo caceteiro-sociológico, a fazer lembrar a saudosa militância no MES. Segundo este distinto membro da direcção do PS e do governo de Portugal, as eleições europeias são "eleições de segunda ordem". Então o "seu" Tratado de Lisboa também será de "segunda ordem"? O pedido de adesão à então Comunidade, pela mão de Soares e de Medeiros Ferreira, também terá sido um gesto de "segunda ordem"? E era neste "óbvio ululante" que o Eduardo Pitta queria que nós votássemos?

7.6.09

A ARROGÂNCIA CHIQUE EM BRUXELAS

Mau mesmo, são os três deputados do BE. Quem é que aguenta estes "esquerda caviar", sem graça ou humor, depois disto? Habituem-se (e rezem), como diria o pequeno Vitorino. (Isto foi inspirado pelo meu "colega" da TSF, o Emídio Fernando, que teve o "prazer" de conhecer o "fascista" deste blogue).

DO PÂNTANO AO PANTANAL

As "explicações" do fatal Vital - ouvidas graças à gentileza de um "colega" da Antena1 porque o som das tv's na sala de impressa na Lapa está off - falam por si. Bom regresso a Coimbra. Quanto ao admirável líder, lá teve de engolir uma "vitória eleitoral" do PSD. Lá veio a lenga-lenga da crise e da "determinação" dele para continuar ao leme. Depois falou no "espírito" dele - como se tivesse algum - para ganhar as legislativas. Sócrates devia ter salientado que, da última vez que o PS foi a votos em europeias, teve 45% dos votos contra uma "coligação de direita". Em 2004. Agora, parece que nem chega a 30. É a vida, como dizia o derradeiro titular do pantanal.

VISITAS AO PODER 9

Gostava de trocar de lugar com o Rui Castro só para ver a cara do admirável líder. Depois ia-me embora. É que, como explicou a dra. Ana Gomes, os portugueses não percebem o PE. Sócrates podia aproveitar para explicar à sua eurodeputada que o que os portugueses não percebem é mesmo a dra. Ana Gomes.

VISITAS AO PODER 8

Parece que o escritor Sousa Tavares "garantiu" na Tvi que a dra. Ferreira Leite não só não ganhou as eleições de hoje como não vai ganhar as legislativas. Grande Maya que a TVi descobriu.

VISITAS AO PODER 7

Não ouço, só vejo, na televisão o dr. Santos Silva, o doutrinador do "socratismo". Tudo parece indicar que, a partir de hoje, o dr. S. S. terá de rever os conceitos antes que os conceitos o começem a rever a ele. Não esquecer - até porque estou a escrever para um órgão de comunicação social - que o dr. S. S. é o principal responsável político directo por essa abstrusidade que é a ERC. Nunca se esqueçam dele, jornalistas a sério que eu daqui a bocado vou-me embora que a minha vida não é isto.

VISITAS AO PODER 6

Os dados recebidos aqui na Lapa apontam para uma derrota de Zapatero, aqui ao lado. Tanto Falcon para cá e para lá para nada.

VISITAS AO PODER 5

Se as sondagens tiverem razão, o absolutismo democrático do PS começa hoje o seu (irreversível?) declínio. Estamos fartos desta gentinha.

VISITAS AO PODER 4

Este "empate" central não deixaria de ter a sua piada...