«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
31.1.10
COELHÊS
FORA DE HORAS
ACTUALIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CARIDADE
PALANQUES
30.1.10
O QUE É QUE O PS FRANCÊS HÁ-DE FAZER COM AQUELA GALINHA CACAREJANTE?
Do Médio Oriente e afins
O CENTENÁRIO
DE CERTEZA
SAFA
29.1.10
O LAMENTÁVEL BLAIR
A ENTIDADE EM FORMA DE ASSIM
«A ERC começa 2010 como acabou 2009. Abriu 2009 dizendo que não analisaria o caso Sol-Freeport. Não interessava ao Governo. Acabou 2009 obrigada pelos acontecimentos a analisá-lo - ou fingindo analisá-lo: o presidente da ERC declarou no Parlamento, sobre este caso, que não consegue "melhorar o tempo de decisão da ERC", uma maçada. Em 2009, o mesmo Dupond defendeu, qual Sócrates, que se deve "reagir violentamente" nos media contra os media. Foi mais uma de várias intervenções egocêntricas e desajustadas. Em 2009, a ERC anunciou, após os ataques de Sócrates à TVI, que iria "averiguar" o JN6ª. Para abrir caminho ao Governo, a ERC fez então o inimaginável numa instituição de regulação em democracia: condenou o estilo jornalístico, sem encontrar motivos profissionais ou éticos para criticar o noticiário. Sócrates conseguiu acabar com o JN6ª, e a ERC esperou pelo fim do processo eleitoral para chorar lágrimas de crocodilo. Em 2009, a ERC anunciou querer regular os rodapés das TVs. O mundo aguarda o cumprimento dessa missão imprescindível à humanidade. Em 2009, a ERC inventou uma trapalhada para chumbar as propostas para um quinto canal, por Sócrates já não estar interessado nele. Antes das eleições de 2009, a ERC propôs-se censurar os espaços de opinião dos media portugueses. No final de 2009, preparou uma futura decisão frouxa sobre a pressão política na TVI ao anunciar "não ter meios" para lidar com o caso. Desconhece-se que "meios" lhe faltam, mas provavelmente é a independência de decisão. Tudo o que a ERC fez, fez mal? Não. Encomendou bons estudos a instituições universitárias. É uma pena a regulação não ser também feita por entidades exteriores à ERC.»
Eduardo Cintra Torres, Público
SER E ESTAR
A ÚLTIMA FEROCIDADE
28.1.10
I ONLY WISH
DA PENSÃO AO CORTESÃO
O PERTINENTE MACHADO
TUDO GENTE BOAZINHA
"A BANALIZAÇÃO DO MAL"
O "DITADOR" QUE DÁ TRABALHO
O QUE É QUE SE HÁ-DE FAZER COM ESTA EUROPA?
27.1.10
O VALE ESCURO
Bento XVI, Aushwitz-Birkenau, Maio de 2006
OS AMIGOS DE PENICHE
O REGRESSO DOS MAUS RAPAZES - 2
Fora isto, convém acrescentar que a mulher é muito mais perspicaz do que o homem, principalmente se se comparar a mulher média com o homem médio. Basta andar na rua e perceber que meninas de 13 anos conseguem perfeitamente mascarar a sua idade física e mental em comparação com rapazes que só têm interesse, quando o alcançam, para lá dos vinte anos. Também é curioso notar que, enquanto os rapazes andam entretidos no surf, na playstation, nas gajas, nas bebedeiras, ficando-se por aí, elas, ao mesmo tempo que dão para todos esses peditórios same age, percebem rapidamente o ascendente que a sensualidade tem em tudo o que mexe para lá da sua geração e, além disso, também percebem mais instintivamente que, afinal, a vida pública é muito mais feminina do que masculina no sentido em que a vida pública vive de intriga.
O GOSTO PELO FOLCLORE
TALVEZ NÃO
O REGRESSO DOS MAUS RAPAZES
FORA DO MOSAICO
A DANAÇÃO DE DAMMANN
Clip: Abertura Egmont, Beethoven. Georg Solti. 1996. Em resposta a um leitor, o concerto foi fraquinho. Gardiner esteve bem melhor no dia de ano novo em Veneza, no La Fenice, que acompanhei no canal Mezzo. Notava-se que a orquestra anda em "digressão artística". Maria João Pires foi Maria João Pires, nem mais nem menos.
O FARDO
26.1.10
SEM DESCULPAS
RESPONSABILIDADE SOCIAL
INTERLÚDIO MUSICAL
25.1.10
FÁTIMA, O SINTOMA
VAMPIROS
UM HOMEM CONTRA AS BENEVOLENTES
BETONEIROS DA OPINIÃO
A FANCARIA
Sophia Loren, reaparecida em 2009
SINAPSES E LÁBIOS
INTENDÊNCIAS
24.1.10
UM SALAZAR VERMELHO
ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA
O CANASTRÃO E O EVANGELISTA
PORTUGAL CONTEMPORÂNEO - 3
Vasco Pulido Valente, Público
23.1.10
DAS FARTURAS
DON CARLO NA BASTILHA
Clip: Festival de Salzburgo de 1986. Herbert von Karajan.
22.1.10
CAVACO
Adenda: É triste a figura que um jornalista com a idade de Mário Crespo fez diante de Passos Coelho por causa do seu ódio primitivo - e inteiramente pessoal - ao PR. Ao pé de Crespo, e até pelas respostas que deu, Passos Coelho foi um senhor e ele apenas patético.
UMA HISTÓRIA DA GUERRA
tmr
NO COUNTRY FOR OLD MEN - 2
«“Gore Vidal” foi uma convenção literária concebida por Gore Vidal para ter sempre muita razão num mundo repleto de estúpidos. A convenção, no entanto, emancipou-se muito cedo, e decidiu permitir-lhe apenas escrever muito bem num mundo repleto de pessoas que escrevem mal: escrever muito bem naquele tom patenteável de alegre e incrédula exasperação, como quem relata os disparates de um filho cretino (sendo que o filho cretino é a raça humana). O deleite na imaginação do desastre é uma pose cheia de limitações, que a longevidade tende a agravar, pois perpetua um ciclo vicioso: a pose serve para expressar uma sensibilidade literária e intelectual cuidadosamente artilhada, mas também para validar as suas manifestações, pois se ela não fosse uma consequência natural das respostas aos factos, nunca lhe permitiria escrever tão bem (isto é uma falácia na qual caíram pessoas bem melhores que nós, pelo que não vale a pena empertigarmo-nos). Com o tempo, todas as energias criativas são empregues num único propósito: evitar que a personalidade encontre os prosaicos atritos da realidade, que às vezes fazem uma pessoa (menos eu, que sou realmente infalível) mudar de ideias. Estas personalidades, esculpidas com tanto afinco, deixam por fim de ter a elasticidade suficiente para responder às necessidades, numa altura em que já não há capacidade nem paciência para explorar tácticas novas; e afundam-se no seu próprio ADN, como as pessoas de idade. Vou agora explicar-vos o segredo das pessoas de idade: as pessoas de idade envelhecem, tornam-se abruptas e inconvenientes, perdem uma fracção das maneiras e a totalidade do timing, lançam piropos a enfermeiras e dizem mal dos brasileiros, babam-se nas golas da camisa e chamam José ao Luís. O que as pessoas que ainda não são de idade fazem é ignorar tudo isto, mantendo um silêncio decoroso, porque um dia aquela pessoa de idade seremos nós, e vamos precisar da tolerância de quem nos ature. Não se aproveita a oportunidade para apontar, como quem descobre a pólvora, que o avô já não é o que era, ou para ganhar as discussões que se perderam quando as regras eram outras. A entrevista ao Independent que provocou em Hitchens aquela falsa e sórdida indignação é uma entrevista a um homem com 84 anos, que já respondeu a todas as perguntas muitas vezes, e já não se dá sequer ao trabalho de olhar para as cábulas; um homem que sobreviveu à família, aos amigos, aos inimigos, ao companheiro de toda a vida, e às suas próprias pernas; um homem que costumava saudar entrevistadores com abusos pansexuais e citações de Cícero, e que agora se limita a dizer "It is so cold in here," he says, by way of introduction. "So fucking cold". É um homem que conquistou o direito a ser este homem, e a ter frio, a ter muito frio. Confrontado com isto, Christopher Hitchens foi abrir mais janelas, porque ainda pode.»
21.1.10
"UMA MENTE GENUINAMENTE OCA"
SE
EM FRANCÊS
PASSOS AKA SÓCRATES
O CAVAQUISMO DE SOARES
QUEM É QUE QUER CASAR COM A CAROCHINHA?
ERA UMA DEMOCRACIA, POR FAVOR
A APOTEOSE DA PLASTICINA
A "LUZ", SEGUNDA PARTE OU MÁRIO CRESPO NO SEU ETERNO ULTRAMAR
LÓGICA DA BATATA
20.1.10
A "LUZ"
UM CONSELHO
PAPOILAS SALTITANTES
A VANTAGEM DE UM PENTEADO "FOSGA-SE"
Adenda: Se dúvidas houvesse acerca da "obra", este must vale mais que mil palavras. Como diria o deliquescente Nicholas Sparks, são as palavras que nunca te direi.
OBAMA E O EMPORIO
UM BLOGUE
tmr
19.1.10
A BOA APOSTA
O LIVRO POR VIR
VICO REVISTO POR LOMBA
A DENGOSA
SIMBOLOGIA
AVALIAÇÕES
18.1.10
O SR. ERC, SEGUNDA PARTE
DOS MENORES AOS PEQUENINOS
CESSPOOL
DEAR WORLD
PESSOAS BOAS
17.1.10
OUTRO SINTOMA
UM SINTOMA
BATATAS E NOIVAS
SANTO ANTÓNIO
tmr
RECONSTRUÇÕES
post inspirado numa conversa com o Hélder, no twitter.
tmr
PORTUGAL CONTEMPORÂNEO E A NECESSIDADE DE OUTRA COISA
«Na balbúrdia estabelecida, há uma única personagem em quem até certo ponto os portugueses confiam: Cavaco. Manuel Alegre não se enganou. A opinião, essa opinião que as sondagens nunca reflectem, é marcadamente antiparlamentarista e antipartidária. No que ele se engana é em atribuir esta perversidade só à direita. Ele mesmo, com a sua independência do PS e as suas relações com o PC e o Bloco, prova o contrário. A candidatura que anunciou no Algarve não é uma candidatura da esquerda, é uma candidatura acima da esquerda, a candidatura da gente desiludida com os partidos, que procura uma nova solução, ou seja, como a de Cavaco, com uma lógica presidencialista. O que, no fundo, Manuel Alegre sabe muito bem. Portugal inteiro suspira por outra coisa.»
Vasco Pulido Valente, Público
Comentário: O anti-presidencialismo manifestado por Alegre na terra do pobre Teixeira Gomes é puramente retórico. Teve, porém, um efeito imediato. Algumas harpias do pior PS (o do "socratismo dos últimos dias") já vieram sugerir a "divisão", ou seja, a necessidade de um candidato "deles" que os defenda e, no limite, mantenha esta coisa a caminho de lado nenhum que é este regime semi tudo e semi nada.