«Apesar do palavrório e dos trémulos de voz (quem não se lembra de Guterres com o coração na boca?), o Estado nunca de facto se preocupou em educar os portugueses. Ou porque não sabia o que era a educação (coisa provável e muitas vezes manifesta no pessoal dirigente) ou porque se limitou a ceder a pressões - regionais, corporativas, económicas, partidárias - com um total desprezo pelo resultado. Neste capítulo, o grande "esforço" oficial, como eles gostavam de chamar à falcatrua, não passou na prática de puro fingimento. Não admira que estejam hoje no desemprego entre 40 e 50.000 "licenciados". Nem que a produtividade não aumente. O que admira é que ninguém perceba que Portugal fabricou a sua própria miséria: por desleixo, corrupção e militante estupidez.»
Vasco Pulido Valente, Público
7 comentários:
O que VPV escreve, já nós sabíamos e concordamos... Mas não haverá meio de sair deste nó górdio? Com este dito cujo agora (pretensamente) amansado é para esquecer... Então, há que ter o "mau senso" de correr com o tipo!
PC
Tantas e tantas...
Tantas cornucópias inacções
e outras tantas indolências,
edificando realizações
de tão penetrantes falências.
De poleiro em poleiro
num regime enfadado
criou-se um atoleiro
de monturo malfadado.
Com o verbo maltratado
no discurso político
este saber amarrotado
ganha valor monolítico.
A cepa retorcida,
com tantas calinadas,
tem sido esvanecida
por mentes iluminadas.
Ao Estado convém que os portugueses não sejam educados, sejam ignorantes e, de preferência, (muito) analfabetos.
A universidade que produzia licenciados de sucesso foi encerrada por um deles. Os desempregados de que fala PV, ou emigram, ou tornam-se políticos.
Pedro C
O que o VPV se esqueceu de dizer, é que para cada 100 licenciados, falta a existência de um serralheiro, canalizador ou electricista. Enfim, opções...
E a "inducação" interessa a quem? Na procura da educação básica do seu povo e da cidadania, estes políticos dizem nada. Vai mais um saco de cimento? Mudem de povo,ou de país, ou de ambos.
Como diz o outro "O vinho induca e televião instrói".
Enviar um comentário