A propósito do milhão de computadores entregue por Sócrates, Lino e Lurdes Rodrigues - isto é, pelos contribuintes - por aí, especialmente no que concerne aos Magalhães, um amigo avisado fez o comentário certeiro esta manhã ao café. Nenhum computador deveria entrar numa sala de aula sem ser pela mão de um professor.
Adenda: Ler isto.
6 comentários:
Tendo sido os professores transformados em sopeiras, só a patroa pode dizer qual o serviço de jantar a ser usado.
Já nem Santa Zita nos vale.
Se bem me lembro veio cá recentemente ao burgo à beira-mar plantado um Senhor Professor Doutor Académico Cientista Estrangeiro dizer a mesmíssima coisa num desses fóruns de pessoas pensantes. E uma pessoa até fica envergonhada.
Exactamente! Nem mais.
Ainda no princípio do mês eu referi isso no meu blog. Se quiserem ler está por aqui:
http://cenouradolado.blogspot.com/2009/07/na-mouche.html
Pergunte-se pelo país fora às criancinhas do inglês oficial do senhor "engenheiro" pelo verbo To Be ou o significado de "where" e "when" e depois pasme-se. Pergunte-se pela numeração, pelas horas e pelo que há de mais primário na aprendizagem de uma língua. É inacreditável a bandalheira, a ilusão e o jogo do faz-de-conta a que se chegou.
Anda tudo muito concentrado no Magalhães e esquece-se o que se passa com o programa Camões e a Microfil.
"1- CAMÕES COM TECNOLOGIA DE PONTA (mas não diz de que ponta)
Tecnologicamente é uma brincadeira em termos de grau de dificuldade para com a área de desenvolvimento de software, capaz de ser feito pela mais pequena PME nesta área, e muito sobretudo por uma DGITA (Direcção-Geral de Informática).
2- CERTIFICADO DE VENDA FÁCIL
Obter o estatuto do projecto como de "Interesse Nacional" para que este seja vendido obrigatoriamente a todos os estabelecimentos de ensino sem dependerem da decisão das escolas e/ou autarquias directamente.
3- RENDA VITALÍCIA E MILIONÁRIA
Alugar a solução como uma RENDA MENSAL e POR ALUNO ao invés de comercializar a mesma como um pacote único como é hábito no mercado de fornecedores de soluções, onde se paga uma vez e o produto pode ser utilizado sem limitações. Desta forma a Microfil pretende que as Escolas paguem por aluno em cada mês cerca de 40 euros o que por ano se aponta para mais de 10 milhões de euros a serem pagos pelos cofres do estado.
4- NEGÓCIO COM ÂNCORA DE AÇO
Criar uma falsa sensação de necessidade de armazenamento dos dados dos alunos centralmente para que tendo a solução das escolas a funcionar remotamente e na Microfil, a solução NUNCA mais saia das suas instalações ou possa mesmo ser futuramente gerida ou suportada por outras empresas (Hosting).
5- OS SAMARITANOS
Iludir o governo pela oferta de material para estas salas de aulas preparadas exclusivamente para servirem de "cenoura" à comunicação social e respectivo ministério da educação, angariando assim a associação dos mesmos para um negócio patrocinado por mediatismo e fazendo com que estes se esqueçam que a totalidade deste negócio será na ordem dos milhões.
6- À PROVA DE CONCORRENTES
Evitar de forma garantida a aplicação de concursos públicos e respectiva concorrência... À imagem do que foi feito com a DGV e o respectivo sistema SGDP que salvou a Microfil da falência!
7- DINHEIRO COM 7 DÍGITOS
Dinheiro, mais dinheiro, e muito dinheiro para o casal Antunes.
Como tal apela-se ao Ministério da Educação em nome da transparência que caso pretenda uma solução deste tipo, deve ENTÃO desde logo obrigar à existência de CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL. É PRECISO PERCEBER QUE O NEGÓCIO AQUI NÃO SÃO UNS MEROS QUADROS INTERACTIVOS E UNS PACOTES DE SOFTWARE. É SIM UMA ESTRATÉGIA DE OBTER NO FIM MILHÕES ANUAIS SISTEMATICAMENTE E SEM QUE A CONCORRÊNCIA POSSA DIZER NADA!
É pois vergonhoso que estes senhores imparáveis e decididos a aumentar o seu vasto património SEMPRE COM DINHEIROS DOS CONTRIBUINTES através de lobbies e respectivas redes de contactos e suas influências, tenham já lesado o estado até Fevereiro de 2009 em mais de 15 milhões de euros, e sem qualquer pingo de vergonha, ética ou moral, continuam a achar que o estado está a saque para benefício próprio! E ainda falam de caso Freeport... Falem é do caso Cortegaça!"
Para a brincadeira
o Magalhães é útil,
a azulada bandeira
da política fútil.
A análise certeira
de quem sabe ver,
sobre a postura fiteira
de quem finge conviver.
Enviar um comentário