7.7.09

MÓNICA, A PROTO-INGLESA


Apesar da irritação - sim, há mais irritantes no mundo - que causa aquela trágica monomania de que é inglesa, a Maria Filomena Mónica tem sempre uma qualquer allure. Só por causa do que ela diz dos "queirosianos" domésticos vale a pena ler esta entrevista conduzida pela indefectível "socrática" Ana Sá Lopes. As trivialidades da vida dela (deram, aliás, num livro trivial e esquecível escrito a pensar nas pobres donas-de-casa, licenciadas ou não, que gostariam de ter sido "atrevidas" e "modernas" como ela), ou a sua opinião "inglesa" sobre a direita ou Santana Lopes, não interessam nada. No fundo, Mónica é daquela esquerda mental cultivada nalgum ensaísmo anglo-saxónico e muito mais misantropa do que qualquer beato da direita radical. Como ela escreveu na dedicatória do primeiro "Eça", para fulano, "o meu livro preferido". Digo o mesmo.

9 comentários:

joshua disse...

Mais uma inglesa proveniente do cu de Judas mais português.

FNV disse...

A ASL ficou socratista? Lembro-me dela nos primeiros tempos dos blogues, era toda super-gauche.

Carlos disse...

Ou seja, só interessa aquilo agrada. Ah!, como seria fácil a existência se pudéssemos manipular os outros e excluir tudo aquilo que nos desagrada…

Xico disse...

Esta senhora, que vive na Lapa e de lá não sai, que escreve como escreve e diz o que diz, tem a coragem de chamar burgueses aos outros e intitula-se de esquerda. Nunca vi ninguém mais burguês do que esta gente de esquerda...

garganta funda... disse...

Maria Filomena Mónica apresenta-se à palonçada nacional como uma brilhante "estrangeirada" e utiliza com muito fervor a sua retórica proto-queirosiana para "malhar" no pobre tuga e nos alarves costumes.

Ainda há tempos ouvi a senhora num programa da televisão e fiquei estupefacto com tanta arrogância e pesporrência pequeno-burguesa.

Maria Filomena Mónica parou no tempo e pensa que a actual sociedade deve ser avaliada ou modificada pelos padrões do anacrónico Maio de 68.

Quanto aos ingleses e à sociedade inglesa que ela tanto exalta, há muita coisa a dizer que não afina pelos padrões que tanto sustenta.

E quanto à "excelência" que ela reclama para a sociedade portuguesa em comparação com a sociedade inglesa, era bom que a dita senhora começasse por ela própria...

Rodolfo disse...

“Quando termina a Mensagem, glosando pela última vez a litania da nossa imemorial inconsciência, Pessoa julgava ainda que chegara a Hora, o momento da vinda do novo rei Sebastião de que ele fora o João Baptista moderno, ou a nova encarnação do Infante D. Fernando, mártir de um império espiritual de fidelidade, ao qual ele se assimila expressamente pondo na sua boca um poema de 1913 que antes consagrara à sua pessoal e mística vocação de poeta de uma nova maneira de ter e ser Pátria. O Portugal esperado, após um momento equívoco de esperança regeneradora, não ia ser o país da energia criadora, nem da suprema liberdade da imaginação que ele visionara através da Criança redentora do VIII poema de «O Guardador de Rebanhos». Em vez da Infância esperava-nos o longo reino da infantilização sistemática da imagem pátria, o triunfo do folclorismo idiota, da minoridade cívica obrigatória, do paternalismo implacável que teve nas «notas do dia» o seu evangelho sem ressurreição, um culto ditirâmbico de todas as superstições, conformismos, anacronismos maquiavelicamente cultivados, como se nessa Pátria, nem Herculano, nem Garrett, nem Antero, nem Eça, nem Sérgio, nem Basílio Teles, nem Raul Proença ou mesmo Leonardo Coimbra, jamais tivessem existido. De túmulos que se supunham definitivos, evocados por esse infantilismo cientemente convertido em máquina de opressão ética, social, cultural, ressurgirão uma vez mais Gonçalos senis para em nome de uma imagem profunda de nós mesmos, mas sem contrapeso algum crítico, lançarem o País numa última aventura imperial, num voo direito a nada, para usar o justo título fatídico de um grande poeta do nosso ex-império.”

Ámen

Anónimo disse...

Apesar da snobeira, foi com agrado que tive o prazer de ler a entrevista da Filomena Mónica ao I. É politicamente incorrecta, mordaz, com um indiscutível "sense of humor" que raramente se encontra nas ditas personalidades que povoam este nosso pequenino universo onde tudo o que tem de ser dito deve ser politicamente correctoe sobretudo muito sério!

Anónimo disse...

Esta madama é socióloga, mas envergonha a classe. Do muito que "pôs cá fora" não se lhe conhece uma ideia própria. Começou por reprovar no doutoramento e teve que ser o Vasco Polido Valente a emendar aquilo. Depois foi sempre (cá na terrinha, mas com a chancela inglesa) debitadora do que estava a dar. Foi os operários e os chapeleiros, foi até os empresários e agora descobriu o Eça de Queirós. Ela é falsa, no sentido em que não tem conteúdo. Quntos estudiosos Queirosianos a antecederam?
E o problema é que, com a idade, ela já não está em condições de perceber aquilo que efectivanebnte (não) é. Mas ela terá sempre a Caras ou uma ou outra jornalista que se embasbaca com o glamour intelectual da criatura.

AMBRÓSIO: gostava algo de diferente disse...

...E GOSTAVA DE PASSAR O FIM DE ANO, SOZINHA, COM CHAMPANHE, OSTRAS E TRUFAS DE CHOCOLATE NOIR...