3.6.08

EU FICO


Paulo Portas e o seu partido, entidades que não têm sido contempladas com a devida atenção por parte dos portugueses, protagonizam uma boa oposição "técnica" ao governo. Foi isto que o líder do PP, com mediana razão, tentou explicar a Constança Cunha e Sá. E a política? Portas disse duas coisas interessantes. A primeira, afirmou-se de "direita". Apesar do decurso do tempo, ainda subsiste em muita gente o receio de, preto no branco, se dizer de "direita". Viu-se recentemente o embaraço dos três candidatos à liderança do PSD, perdidos no labirinto ideológico da "social-democracia" e do "liberalismo". A segunda, que não existe apenas a estabilidade governativa. Também há, disse Portas, estabilidade "parlamentar". Feitas as contas verosímeis, o PP quer "contar" nem que seja na AR, sobretudo num cenário de perda (ou de ausência) de maioria absoluta. A última vez que um dirigente do CDS manifestou "disponibilidade" para contribuir para a "estabilidade" - leia-se, para se juntar ao PS ou ao PSD, dentro ou fora do governo - foi com Freitas do Amaral. Valeu-lhe, se não erro, quatro por cento dos votos. Fica, pois, Paulo. Mas vê lá bem onde.

3 comentários:

Anónimo disse...

o partido "todos num taxi" chama-se CDS-Paulo Portas
PQP

Unknown disse...

Pergunto-me muitas vezes se lideres partidários como Portas, Louça, Sousa.... e tantos tantos outros, não vêm a contradição entre se advogarem como os verdadeiros democratas, darem lições arrogantes de democracia a tudo e todos e não abandonarem o poder. Estou cansado, farto, decepcionado, desiludido, frustrado com a politica e os políticos. Pelo menos estes profissionais da política podiam dar espaço a uma nova geração, quanto mais não seja para que sejam outros a errar, no mínimo poderíamos ambicionar a erros diferentes.

Nuno Castelo-Branco disse...

Pois sim, mas o Portas afirma-se de direita, tal como o partido o faz desde que o Freitas se refugiou algures numa toca do Enver Hoxha (?). O PPD nunca passou de um miserável rebotalho de hipócritas, de quem só me apetece dizer, muito à Obama (está na moda), ...fuck off!