Prosas deste calibre ilustram bem (mal, por sinal) o que eu quis dizer no post anterior. Pensava que já não se fabricavam ogres como este, que tinham sido extintos algures entre o enterro de José Estaline e o final do PREC português. Fernanda e Marta, vejam lá se o aproveitam.
3 comentários:
Era aqui e não ali...
esta coisa do referendo poderá ficar para a história como mais um episódio do "aborto esquizofrénico num país de doidos".
Veja-se: o BE faz campanha pelo "sim" sonhando com a vitória do "não", porque sabe que este tipo de causas são a sua única ou quase justificação para andar por cá. E querem manter a possibilidade de arremessar as pedras do costume, ou achas, para a causa(fogueira) do costume. É o seu modo de vida, o seu ganha pão. A vitória do "sim" seria trágico para Louçã & Co. Do outro lado, o CDS faz campanha pelo "não" sonhando com a vitória do "sim" para, depois, quando se perceber que os abortos clandestinos continuam, não por falta de lei mínima mas por causa da vergonha máxima, do medo social, da reprovação moral dos vizinhos, do padre... poderem dizer, e assim, amealhar qualquer cosita: "Nós bem avisamos e agora vejam os resultados". Já o PS e o PSD, espertos e sabujos, vão enfiando, como de costume nestas coisas, uns rapazes no lado do "sim" e outros no lado do "não". Ganham sempre. Já o PCP disse de início que isto deveria ser resolvido no Parlamento pela maioria do PS. Creio que estava mais apostado em chatear o PS que em resolver o problema do aborto em Portugal, porque, tal como o BE, precisa deste "problema" para ir mostrando que o quer resolver. E aproveitou bem o radicalismo serôdio do BE para surgir como um partido menos extremista, nesta e noutras matérias. Essa a razão de algum crescimento do PC nos últimos anos. Já Cavaco ganha sempre, no "sim" e no "não". Como bem se sabe. O país é que perde sempre, não por causa da lei, mas por causa desta malta toda.
O João ofende-se muito com estas prosas. Sem dúvida que outras, como por exemplo http://separatismo-50.blogspot.com/
Como nunca o ouvi a verberar este último tipo, suponho que esteja de acordo. Assumo o princípio do quem cala consente.
Acha que aquilo merece algum tipo de atenção?
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