26.1.07

A ÚNICA SAÍDA

"Nada do que por lá [na Câmara Municipal de Lisboa] acontece nos deve espantar. Já não há qualquer lógica política que a sustente e nenhuma coerência nos grupinhos que, dentro e fora da antiga maioria, se formaram atrás de gente sem muita envergadura, à procura de notoriedade ou de alguma vantagem pessoal, partidária ou outra. Uma trapalhada destas não se governa. Carmona não governa e, sem apoio popular ou uma força organizada atrás dele, não pode vir a governar. Se não perdeu o direito legal de ficar onde está, perdeu a legitimidade e a única saída decorosa que lhe resta é a demissão. Como é a única saída que resta aos vereadores, a todos, se tiverem o mais vago respeito pelo interesse público. "

Vasco Pulido Valente, in Público

3 comentários:

Anónimo disse...

Pois eu acho que, quer nesta situação quer noutras semelhantes, em que, quem governa,foi eleito, deverá cumprir o mandato até ao fim. Se o objectivo fosse este, e não houvesse hipóteses de se alterar, todos se lá manteriam e não andavam a PROVOCAR situações que levam a hipotétitcos desfechos como este: a sugestão de que é melhor demitirem-se!!

Então e onde está a concretização da VONTADE POPULAR que os elegeu por um período de tempo?? Não há que ter isso em conta? Ou querem demissões para ver se ganha outro partido?...A intenção é essa, não é, seus MANHOSOS???

DEMOCRACIA da TRETA......

Anónimo disse...

"Eleições para a Câmara

Mesmo sem sair muito de casa, qualquer lisboeta pode constatar a degradação contínua da cidade e da câmara. Ou porque passa pelo túnel do Marquês de Pombal (ou pela Av. António Augusto de Aguiar), uma tortura que, para lá do túmulo, Santana Lopes nos continua a infligir. Ou, porque entra no S. Jorge, o cinema que João Soares inexplicavelmente comprou, e descobre a sua completa e agressiva inutilidade. Ou porque recebe uma revista da junta de freguesia, protestando contra uma redução orçamental, e verifica (com terror) que a dita junta gasta meio milhão de euros só em funcionários. Três pequenas coisas que revelam um mundo. O mundo do desleixo, do arbítrio e do caos, do parasitismo e da loucura, em que vive Lisboa – e vive.
A câmara de hoje, a de Carmona, é um vestígio da coligação PSD-PP e do populismo de Santana Lopes."

Vasculo Pulido Valente, in Publico

(Início do mesmo artigo aqui citado)

Anónimo disse...

e termina assim:

"Precisa de cortar para sempre com a era de Santana e Carmona e de uma nova direcção, capaz de limitar a catástrofe que se anuncia".

Vasco Pulido Valente in Público