Ao passear com o cão, chegavam-me os ecos da berraria no estádio do benfica. De tarde, na praia, pus-me de conversa com duas pessoas que não conhecia de lado nenhum. Invejei aquela amizade pueril. E, juntando uma coisa e a outra, se bem que não tenham nada a ver uma com a outra, enquanto desfilava pelo passeio vazio, ocorreram-me as primeiras linhas de "Cem anos de solidão", de G. G. Márquez:
"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo. Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e cana, construídas na margem de um rio de águas transparentes que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas ainda não tinham nome e para as mencionar era preciso apontar com o dedo".
"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo. Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e cana, construídas na margem de um rio de águas transparentes que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas ainda não tinham nome e para as mencionar era preciso apontar com o dedo".
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