25.11.06

NÃO HAVIA NECESSIDADE


De acordo com o Expresso, o governo prepara-se para "deixar" que o sucedâneo da nefanda "alta autoridade para a comunicação social", a "entidade reguladora", interpele, em plena emissão, as televisões no caso de estarem em "incumprimento dos limites à liberdade de programação". Que raio de coisa é esta? Não esperava, embora não espere nunca nada de ninguém, que os "socialistas", pela mão do sociólogo Santos Silva, alinhassem numa de "diácono Remédios" serôdio. A paz dos cemitérios em vigor, ou o "eixo do bem", nas palavras de Vasco Pulido Valente, não concede um átomo de importância a isto. Fosse o governo anterior a ter esta maravilhosa ideia e quantas "sms" não andariam para aí já a circular. Os que agora se calam, são, pelos vistos, os mesmos que andam a carpir pela "perda" da Festa da Música e que a comparam estupidamente com Bayreuth ou Edimburgo sem se rirem. Não havia necessidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Desculpe, mas não há nada mais serôdio que a "onda anti-propaganda", que aproveitando o élan proporcionado pelo próprio governo, aponta o dedo em qualquer direcção. Lendo, -sabe? Lendo, mesmo-, a notícia do Expresso, percebe-se que trata de transposições de directivas europeias, de normas que já são aplicadas noutros países, e de direitos (da ERC) sobre certas transmissões, nomeadamente as que incitam ao ódio. O Dr. Santos Silva, que apresenta na forma depreciada de sociólogo, não faz senão o que lhe compete, estando a pasta nas suas mãos. Aliás, a quem constantemente critica o estado parolo das televisões, percebe-se mal o incómodo em que uma entidade independente tenha poder regulador sobre os 'media'. Depois queixe-se da selva..