O papa Bento XVI está, a partir de terça-feira, na Turquia. A visita à "Porta" tem um significado simbólico fundamental, num país em que, apesar da declarada laicidade do Estado, ser cristão é tomado publicamente como uma afronta. Ratzinger não vai à Turquia "redimir-se" do discurso de Ratisbona. Vai, suponho, explicar às autoridades religiosas e políticas - o sr. Erdogan parece que vai arranjar uns minutinhos - que, não obstante o "diálogo" entre religiões (a esmagadora maioria é muçulmana) e até prova em contrário, foi o cristianismo irradiado a partir de Roma, erguido sobre os escombros do império romano e que comporta a liberdade pela fé e pela razão, o verdadeiro "sucessor" dessa civilização imortal. Nada disto encontramos numa Turquia oficiosa que se esforça por ser europeia enquanto nas profundezas rosna contra o mundo criado a ocidente. Por isso, e como o cardeal Raztinger, sou adversário da adesão da Turquia à União Europeia. O "alargamento" está a ser levado longe demais e, não tarda, ainda temos a Rússia do sinistro Putin a assinar "acordos de cooperação" privilegiada com Bruxelas que, por ser mais burocrática do que política, parece disposta a tudo para assegurar o "sucesso" de uma diplomacia sem espinha dorsal. Bento XVI , como nas palavras do Senhor - "convertei-vos ou perecereis todos" - confirmará à Turquia e ao mundo, uma vez mais, o inderrogável lema do pontificado do seu antecessor: "não tenhais medo, abri os vossos corações a Cristo".
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