11.3.06

A PLUMA CAPRICHOSA

Por causa disto, Clara Ferreira Alves decidiu processar Vasco Pulido Valente pelo alegado crime de difamação, conta o Expresso. Esta coisa da licenciosidade, introduzida em boa-hora pelo catequista Freitas do Amaral, começa a ter inesperados seguidores. Como boa cronista do regime, Ferreira Alves não suporta um murmúrio crítico que deve tomar por aleivosia maliciosa. Não é a primeira a cair na esparrela. Carrilho fez o mesmo a António Barreto e ficou a ver navios quando o Tribunal da Relação de Lisboa mandou arquivar o processo por entender que Barreto "agiu no âmbito da sua liberdade de expressão e de crítica". E, juro, estavam lá epítetos bem mais apimentados que as frases utilizadas por Pulido Valente no post sobre CFA, designadamente "um ministro rasca de um governo débil", "suburbano", "pavão", "grosso" e "sonso". O regime, desde os seus mais altos dignatários até aos seus ocasionais serventuários, não gosta de ser criticado. Curiosamente é da chamada crítica e do comentário que CFA vive, pelo menos desde que abandonou o sotão do PS no Rato onde tratava dos recortes de imprensa. Também se imagina escritora, mas daí não vem mal ao mundo. Basta consultar os escaparates da FNAC para emergirem imediatamente dezenas de "talentos literários" perfeitamente convencidos de que o são e que andavam, até ali, adormecidos. Agora apeteceu-lhe ser mesmo caprichosa, como a sua pluma, e atacar um blogue. Não deve ir muito longe.

2 comentários:

Anónimo disse...

Vasco Pulido Valente escreve bem. Disso não temos dúvidas !. Porém o oportunismo carreirístico que alega a CFA é infinitesimalmente mais pequeno que o seu próprio. Vide suas incursões no reino do cavquistão, onde como agente cultural foi o maior mono já visto.
Quanto a hipocrisia, vide o que pensa de Cavaco no mesmo Blog. Como investigador tem mais prosápia que praxis ( mas a estada em Oxford dá status para a vida toda). A sua associação com Constança ( ilustre meretriz jornalística tudo ilustra).
VPV no seu funcionamento psíquico esqizo-paranóide (M. Klein) não efectuou mais que uma identificação projectiva, de si e do seu universo relacional.
Ressalvo â tirada do "Pôr do Sol no Cairo" que é bem caçada. A rapariga (CFA) é pedante mas não merecia.

António Viriato disse...

São episódios menores. VPV excedeu-se no artigo que escreveu, como por vezes lhe acontece, quando desata o garrote da verrina, que acumula em doses avantajadas, como, de resto, sucede com a sua fulgurante inventividade de analista arguto como poucos. Mas tampouco era caso para a Clara Ferreira Alves se abespinhar tanto, porque ela não é nenhuma santa e já tem maltratado muito boa gente, com a sua presunção literária de irritante ostentação. Uma simples réplica, com pontaria para os inúmeros telhados de vidro de VPV teria bastado. Certas damas dão-se ares e depois as coisas tomam um rumo inconveniente. Porém, nada que incomode muito o experimentado VPV, que tem encaixe para isso e para muito mais.Ainda assim, julgo que o VPV escusava de pisar tanto o risco da maledicência, visto que tem talento de sobra, sem necessidade de recorrer a golpes baixos. Mas o estilo é o homem...