Quando preciso de me esquecer do absurdo da minha vida, "viajo" para Marrocos pela mão de Paul Bowles. Imagino uma casa em Tânger onde o meu olhar possa cruzar o mar, o porto e as montanhas de Espanha. Fujo da "marginal" povoada por prédios incaracterísticos e "modernos" e não largo o bulício anónimo das ruas e dos cafés da velha cidade. Há um cheiro de essências e de pó que nos acompanha permanentemente em Marrocos. Existe uma cor ocre por todo o lado e a gentileza curiosa dos muçulmanos faz com que se sinta que nunca deixámos de ali estar. É fundamental perdermo-nos nessa deliciosa confusão. Perdermo-nos e não voltarmos nunca mais.
Paul Bowles no deserto:"Lá não há nada além do vazio e é isso a beleza, o vazio."
"A vida para mim é solidão. Não conheço ninguém."
"Uma pessoa está sempre a mudar e nunca chega a parte nenhuma. Mas chegar a algum lado também não é necessário. Morrer, sim. Tudo o que é inevitável é necessário."
Paul Bowles no deserto:"Lá não há nada além do vazio e é isso a beleza, o vazio."
"A vida para mim é solidão. Não conheço ninguém."
"Uma pessoa está sempre a mudar e nunca chega a parte nenhuma. Mas chegar a algum lado também não é necessário. Morrer, sim. Tudo o que é inevitável é necessário."
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