Pedro Santana Lopes parece que trata os seus colaboradores como meros lacaios. O grave é que parece que eles gostam. E, para não perder tempo, começa logo nos mais próximos. Constava que Carmona Rodrigues tinha conseguido devolver alguma dignidade à função presidencial camarária. Discreto e aparentemente competente, Carmona não despertou animosidade nas oposições e mobilizou minimamente a anquilosada máquina da Câmara. Mesmo que o faça em nome da amizade, a farsa em que se deixou envolver nos últimos dias, por causa do "volta-não-volta" de Santana, é imperdoável. O respeito por si próprio e pela forma como exerceu o seu curto mandato não são compatíveis com a não-posição que tomou. Era preferível ter saído de rosto erguido a ter ficado, ainda que tenha "poderes reforçados". Se tão pouco lhe basta como consolo, este gesto pusilânime coloca-o à altura do seu mentor. Por isso, nem um, nem sobretudo o outro, merecem continuar depois de Outubro.
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