O PS anunciou os seus candidatos às principais câmaras. Não sei se Assis é uma boa escolha para o Porto. Não sou de lá. Para a minha cidade, no entanto, foi indicado o candidato certo, Manuel Maria Carrilho. Num artigo da semana passada disse sucintamente o que pensava sobre o assunto e sobre o ainda não certo candidato. Retiro a parte "datada" e recordo o que ali escrevi:
"(...) Carrilho não é um político sensaborão, "fácil", acomodado a rotinas partidárias ou conformado com as suas ortodoxias e rituais. Tem a seu crédito uma acção política minimamente estruturada num sector quase sempre politicamente adormecido - a Cultura - e legitima a sua ambição num propósito igualmente mobilizador para a cidade de Lisboa. A sua altiva e "rara" palavra, embora límpida e objectiva, dificilmente colhe no terreno partidário básico, pouco dado a sofisticações, e tantas vezes imerso num autismo contentinho e falsamente solidário. E tem sobre muita gente a vantagem de pensar, o que, para a "aparelhistica" mais primária, raramente serve. Não será, por isso, "popular". Eu, contudo, julgo que que ele poderia protagonizar uma candidatura inovadora, com apoios diversificados, para fazer de Lisboa um espaço vivível, inteligente e cosmopolita. Para já, e à distância destes seis meses, ele é seguramente o melhor candidato. Pelo menos, é o meu."
Ignoro - e porventura ignora ainda o PS - se esta candidatura se apresentará "solitária" ou "solidária", com entidades partidárias ou outras à sua "esquerda". Cabe a Carrilho sozinho, porém, apresentar a sua "plataforma" e o seu programa. Quem quiser que o siga.
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