13.7.09

QUANDO A MARINHA ERA GLORIOSA


O Almocreve e o Do Médio Oriente e Afins aludem ao texto inserido ontem na Pública (suplemento do Público de domingo) sobre a homossexualidade e o Estado Novo. A autora é São José Almeida. Atrever-me-ia a dizer que o verdadeiro artigo (ou a verdade do artigo) está mais aqui do que na prosa dos "coitadinhos" da jornalista e de alguns depoentes. Como dizia Cesariny, tempos em que a Marinha era gloriosa...

4 comentários:

radical livre disse...

nos idos de 60-70 fui longos anos presidente da direcção do grupo desportivo e recreativo duma empresa de lisboa. uma das minhas missões era zelar pelos almoços diários a 600 esfomeados e mal pagos trabalhadores.
num domingo fui acordado ás 6h para ir a PJ convencer o inspector da necessidade de libertar o mestre cozinheiro.
fora apanhado no Parque Eduardo VII.
mestre Januário alegou só andar com boas companhias (médicos, engenheiros, juizes,advogados, etc) e elencou vários dos seus amigos.
disse-lhe apenas: o meu problema é a mastigação do pessoal a tempo e horas.
o malandro dizia com ar atrevido nos dias do bacalhau «um rabinho para ...»

Anónimo disse...

"Do médio oriente e afins" desmistifica o artigo do público sobre a repressão da ditadura Salazarista aos homossexuais. Na realidade Salazar sabia o que se passava e desde que as coisas fossem feitas discretamente, não havia problemas de maior. Daí não ser de estranhar que ele próprio tivesse entre os seus homens de confiança, pessoas que tinham estes "comportamentos peculiares". Salazar não era beato e serviu-se da Igreja para governar o País, como a Igreja serviu-se do Estado para recuperar algum do poder perdido durante a 1ª República.
Há mais de 30 anos, desde que foi instaurada a 3ª República, que é moda dizer-se horrores do Estado Novo.Nada de positivo aconteceu durante o longo regime da ditadura. Nem as obras públicas, nem o facto de Portugal se ter mantido neutral durante a 2ª guerra mundial, nem a adesão à Nato (membro fundador)nem a adesão à EFTA, ao crescimento económico etc. Só desgraças. Enquanto persistir esta orientação jamais se poderá fazer uma história objectiva do Estado Novo dentro do contexto muito específico em que ele existiu em que os regimes ditatoriais não eram, longe disso, uma excepção na europa.

pois é disse...

Pode pois dizer-se que "entre os portugueses, paneleiros(e fufas)houve algumas vezes",só que o Estado Novo não os propagandeava,como hoje acontece.Isso é que parece doer a quem fala de "perseguição".

Anónimo disse...

Anónimo das 12:10. Um pouco fora do contexto do post, essa análise objectiva da história que refere só acontecerá daqui a duas gerações, quando o Estado Novo passar a ser um página dos livros de história. Actualmente ainda estamos presos a esse período e reféns dos filhos de Abril. Ao fim de 30 anos essa é a realidade. Basta passear pela blogosfera e ver que, em qualquer comentário, ou se é fascista ou se é outra coisa qualquer. O que é engraçado é que eu faço parte de uma geração posterior onde esses epítetos não me fazem qualquer sentido.

Cumprimentos,

DSC