Em tempos sombrios, de pigmeus insignificantes, recordar a grandeza de Herbert von Karajan no vigésimo aniversário da sua morte é um serviço público. Não era, naturalmente, um democrata. Porquê? Porque, como se explica neste notável post, «se há área onde a democracia não funciona é na direcção de uma orquestra; esta toca como um todo, sujeita à orientação de quem a conduz e servindo uma determinada interpretação da obra em causa, e nem poderia ser de outra maneira, sob pena de produzir uma peça híbrida e esteticamente ilegível.» De resto, Karajan permanece como «um dos mais notáveis maestros do século XX, que dirigiu a Orquestra Filarmónica de Berlim durante trinta e cinco anos.» Se me permitem, o maior.
Clip: 1º andamento da 9ª Sinfonia de Beethoven. Berliner Philarmoniker
Clip: 1º andamento da 9ª Sinfonia de Beethoven. Berliner Philarmoniker
4 comentários:
Concordo. É extraordinário o drama e a dinâmica que as sinfonias de Beethoven adquirem quando a orquestra é dirigida por ele. Mesmo apesar de ter pertencido ao partido nazi, mas isso é outra história.
«se há área onde a democracia não funciona é na direcção de uma orquestra»
Numa orquestra e em muito bom lado.
Nos tempos do PREC, acabou por ocorrer a alguns, que a democracia devia ficar fora dos muros do quartel.
Ou então, admitir conviver com uma geral e universal rebaldaria permanente.
Assim se tem passado desde então, sob a capa da democracia, com a tutela dos novos devoristas do Estado/Regime.
As suas cliques políticas, com o PS e o PSD em lugar cimeiro.
Pode ser que consciência e experiência possam ajudar, no caso da velha senhora.
Até lá, se chegar a haver, que viva a música.
JB
http://ruadopatrocinio.wordpress.com/2009/07/16/herbert-von-karajan/
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