29.4.09

PARABÉNS


A "luta" que opõe a velha anarquista Lurdes Rodrigues à corporação professoral liderada pelo cansativo Mário Nogueira tem episódios ridículos. No meio da tempestade, o conceito de escola, de disciplina, de autoridade, de ensino como transmissão de saber perde-se por entre gemas de ovos e histerias. Lurdes Rodrigues falhou porque geriu a coisa como uma dona de mercearia dos tempos da 1ª República. Começou bem mas não teve fôlego intelectual e político para aquilo a que se propôs e que nem ela mesma sabe muito bem o que é. A Inspecção Geral da Educação não foi concebida para "avaliar" coisas destas nem para guarda-costas de um qualquer ministro transitório e particularmente antipático. Está tudo errado na educação em Portugal. Esta legislatura, por culpa de todos - alunos, pais, professores, tutela - salda-se numa imensa trapalhada. Lurdes Rodrigues estava longe de imaginar que, anos volvidos sobre as derivas frívolas de juventude, acabaria a presidir a uma anarquia a sério e em tempo real. Parabéns.

16 comentários:

Anónimo disse...

http://rprecision.blogspot.com/2009/04/bloco-central.html

Anónimo disse...

Coisas que, cada vez mais vão acontecendo por este vale de lágrimas: realizar sonhos à custa das insónias de muitos...

Anónimo disse...

a anarquia é muito visivel neste ministério.
o mal é geral em todos os outros.
nesta balbúrdia ninguém se entende.
ontem ao fazer um pagamento nas finanças ouviu um contribuinte dizer alto e bom som
«isto é pior que o cabaré da coxa»

radical livre

Anónimo disse...

Esta mulher é a vergonha dos anarquistas. Que é feito dos socialistas que falavam em métodos pidescos?

Pi-Erre disse...

Isto ainda não é o fim da macacada, mas já é a macacada do fim.

Anónimo disse...

Parece que num dos discursos sobre o 25 de Abril se disse:
"que antes do 25 de Abril era proibido usar bikini" (a minha mãe usou-o na década de 50)
"que os homens não podiam usar na praia calções curtos" (ninguém hoje se atreveria a usar na praia os ridículos e curtíssimos calçõezinhos que se usaram na década de 60 e 70)
"que os isqueiros precisavam de licença" (só os muito ricos os usavam porque eram produtos de luxo. Hoje não são precisos! É proibido fumar!)
Pergunta-se: Se estes eram os problemas, porque que se fez o 25 de Abril?
Onde estão os do 17 de Abril de Coimbra?
Xico

Anónimo disse...

E ninguém se demite?

joshua disse...

O Legado da legislatura é reles porque elegeu o reles como medida e modelo de todas as coisas. Instrumentalizam o que estiver à mão. Nivelam por baixo e é por isso que nem se enxergam nem se demitem. Usar o Estado como porta escancarada de enriquecimento pessoal até à última gota começa exactamente no Topo, quando, perdendo toda a confiança do público que tutelam e toda a legitimidade por erros e abusos, nada de ético acontece consequencialmente.

É por isso que os tais dez gestores de topo 'postos na ordem por Frei Teixeira', como rezam as notícias encomendadas, não passam de coreografia, acerto, fingimento.

O Nobre Desprendimento Antigo, profundamente ético de Eanes, deu lugar a um estilo sorvente do Estado, ávido do Estado, profundamente agarrado ao Estado em Sócrates e seus subalternos.

Nunca se viu uma ventosa partidária tão desabrida-PS!

Nuno Castelo-Branco disse...

Eh pá... bem podias ter postado uma foto com ovinhos Fabergé!

Obviamente demito-o disse...

Interrogatórios à margem da lei feitos em segredo. Métodos da NKVD utilizados pela tralha socialista. Os anarquistas na Checoslováquia atiravam tamancos, estes miúdos fartos da deriva totalitária socialista atiram ovos porque os tamancos estão caros. Tanto um aspecto como o outro são as conquistas de Abril. Um professor de economia saíu por causa dos dois pacotes de açúcar que tomou com o café, o outro por causa de uma bronca televisiva à conta de ambulâncias que não sabiam onde ir. E foram estas as únicas remodelações em 4 anos de broncas ministeriais e incompetência governativa. Haverá maior prova de como têm este país pelo freio?

Anónimo disse...

Recebi agora o novo email do chefe. Será que podemos reclamar do estado a que a coisa chegou?

zézito.porreiro.pá.arrouba o que puderes.pt

garganta funda.... disse...

Este é o governo da "suciologia" e da "ingenhologia" socráticas.

Estamos numa época que para ser ministro ou ministra, já não para falar falar de primeiro, baster ter sido delegado da propaganda médica ou vendedor de "taperwares" ao domicílio onde o besunto de raciocínio é fundamental...

Lura do Grilo disse...

Post dos mais brilhantes das últimas semanas. Parabéns.

Os putos entram "bons selvagens", passam pelas mãos de educadores ideológicos em escolas com gestão democrática, são doutrinados a protestar por tudo e por nada pelas associações de estudantes igualmente democráticas e dão "bons revolucionários". É o que temos...O pior é quando a vida chegar, já com a barba crescida e ainda com as mãos de seda, e a mensalidade terminar.

Anónimo disse...

Bom texto. Curto mas incisivo. Parabéns (sem ironia).
Já agora, na qualidade de leitor assíduo do seu blog, sempre o desafio a expor de forma mais abrangente a sua visão do "consulado" de MLR (note-se que, desde o 25 de Abril, nenhum titular da pasta conseguiu concluir um mandato na área da educação).

Anónimo disse...

Devia ter contratado o "eminente jurista" João Pedroso para realizar o inquérito e o irmão para aplicar os castigos.

observador disse...

'tá visto que , no tempo de S, isto já estaria resolvido à custa dos famosos "safanões".

Mas esteja descançado que o estilo ainda se mantém, se bem que mais "Português Suave".

Basicamente mata-se quem diz "O Rei vai nú" independentemente da veracidade do facto.

PS - Já agora podiam perguntar à Lurdes, porque é que alguém compra um Magalhães por 300 €, para o pôr no prego por 100€?