1. O João Pereira Coutinho no CM:
«Num universo político mumificado ou com particular queda para premiar as nulidades que rastejam pelos aparelhos, o PSD escolheu um homem sério, culto, preparado. E, pormenor relevante, suficientemente jovem para ser um filho de Abril sem os complexos ideológicos de Abril. Não ver isto nada diz sobre Rangel. Mas talvez diga tudo sobre o País onde fomos afocinhando sem piar.»
2. O Francisco José Viegas, idem:
«Num universo político mumificado ou com particular queda para premiar as nulidades que rastejam pelos aparelhos, o PSD escolheu um homem sério, culto, preparado. E, pormenor relevante, suficientemente jovem para ser um filho de Abril sem os complexos ideológicos de Abril. Não ver isto nada diz sobre Rangel. Mas talvez diga tudo sobre o País onde fomos afocinhando sem piar.»
2. O Francisco José Viegas, idem:
«O que conta para cada europeu é o seu território, a sua casa, a escola dos seus filhos, a sua memória, os jardins da sua cidade, a facilidade ou a dificuldade de viver. Isso é a Europa. Dizer o que se pode ou não falar não é europeu.»
3. D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, idem:
«Uma associação, que se intitula ateísta, tem-se manifestado contra a canonização de Nuno de Santa Maria e lamentado a presença do factor religioso em Portugal. Porque as intervenções rondam a desonestidade intelectual venho aqui combater afirmações deste pequeno grupo quase residual na sociedade portuguesa, mas, em virtude das suas posições extravagantes, valorizado na comunicação social. Porque respeito e considero o ateísmo atitude séria, estranho esta campanha anticatólica, mascarada de ateísta. Afirmar que Nuno Álvares Pereira foi canonizado graças a um milagre que ridicularizam, é desonesto. A canonização de uma figura tem como razão primeira as virtudes fora do comum, vividas em grau heróico, que aqui são absolutamente claras: entrega total ao serviço da pátria, confiança absoluta em Deus, perdão, partilha, serviço aos pobres. A segunda prende-se com a fama de santidade, muito cedo demonstrada pelo povo, invocando o Santo Condestável . Só em terceiro lugar se atende, como confirmação, à ocorrência de um milagre, sinal sempre débil, como todos os sinais da presença de Deus. Só a fé constitui a luz para entender o que a razão médica não consegue explicar. Neste caso, nem seria necessário este terceiro elemento, dada a antiguidade da fama de santidade, que aqui não cabe explicar. Pretender ignorar este processo completo é desonestidade grave, além de alinhar na crítica destruidora das grandes figuras da identidade nacional. É o mesmo anticatolicismo primário a motivar o desacordo com o facto de o Presidente da República integrar uma Comissão de Honra que promove comemorações destinadas a valorizar a dimensão nacional de Nuno Álvares Pereira. (...) A identificação que a referida Associação faz entre religião e superstição é enganadora e velha. Pessoas com rigor intelectual não fazem equivaler formas degradadas de religião com verdadeira religião transformadora da sociedade, da qual tantos católicos e membros de várias religiões deram testemunho com o dom da própria vida. Denegrir toda a dimensão religiosa, meter tudo no mesmo saco para deitar abaixo é usar da mentira para a propaganda em curso. O grande crítico da falsa religião foi Jesus Cristo. Os que O seguem, como o Beato Nuno, não são super-homens ou super-mulheres, isentos de qualquer defeito. São porém, antes de mais, servidores do Deus vivo e inteiramente dados ao bem dos outros, em mil formas próprias da fidelidade a cada tempo.»
4. Fernanda Câncio, Jugular. Sem comentários. Coitadinha.
3. D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, idem:
«Uma associação, que se intitula ateísta, tem-se manifestado contra a canonização de Nuno de Santa Maria e lamentado a presença do factor religioso em Portugal. Porque as intervenções rondam a desonestidade intelectual venho aqui combater afirmações deste pequeno grupo quase residual na sociedade portuguesa, mas, em virtude das suas posições extravagantes, valorizado na comunicação social. Porque respeito e considero o ateísmo atitude séria, estranho esta campanha anticatólica, mascarada de ateísta. Afirmar que Nuno Álvares Pereira foi canonizado graças a um milagre que ridicularizam, é desonesto. A canonização de uma figura tem como razão primeira as virtudes fora do comum, vividas em grau heróico, que aqui são absolutamente claras: entrega total ao serviço da pátria, confiança absoluta em Deus, perdão, partilha, serviço aos pobres. A segunda prende-se com a fama de santidade, muito cedo demonstrada pelo povo, invocando o Santo Condestável . Só em terceiro lugar se atende, como confirmação, à ocorrência de um milagre, sinal sempre débil, como todos os sinais da presença de Deus. Só a fé constitui a luz para entender o que a razão médica não consegue explicar. Neste caso, nem seria necessário este terceiro elemento, dada a antiguidade da fama de santidade, que aqui não cabe explicar. Pretender ignorar este processo completo é desonestidade grave, além de alinhar na crítica destruidora das grandes figuras da identidade nacional. É o mesmo anticatolicismo primário a motivar o desacordo com o facto de o Presidente da República integrar uma Comissão de Honra que promove comemorações destinadas a valorizar a dimensão nacional de Nuno Álvares Pereira. (...) A identificação que a referida Associação faz entre religião e superstição é enganadora e velha. Pessoas com rigor intelectual não fazem equivaler formas degradadas de religião com verdadeira religião transformadora da sociedade, da qual tantos católicos e membros de várias religiões deram testemunho com o dom da própria vida. Denegrir toda a dimensão religiosa, meter tudo no mesmo saco para deitar abaixo é usar da mentira para a propaganda em curso. O grande crítico da falsa religião foi Jesus Cristo. Os que O seguem, como o Beato Nuno, não são super-homens ou super-mulheres, isentos de qualquer defeito. São porém, antes de mais, servidores do Deus vivo e inteiramente dados ao bem dos outros, em mil formas próprias da fidelidade a cada tempo.»
4. Fernanda Câncio, Jugular. Sem comentários. Coitadinha.
12 comentários:
f. ao seu melhor nível! Irónica, desdenhosa da "ignorancia" do povo alienado, crítica das intenções hipócritas de uma (pseudo) elite aproveitadora da estúpida devoção de um número indeterminado de indigentes sub-humanos, que ela (com mais alguns poucos companheiros, intrépidos, puros e omniscientes) sente obrigação de iluminar e salvar de si próprios.
f., como sempre, tentando ligar alhos com bugalhos, julgando ver em ambos beringelas.
Eu acabo por ler o que f. escreve aqui no Portugal dos Pequeninos, porque, nos dias que correm e por causa de textos dela como este aqui apresentado, tenho tanta curiosidade em saber o que f. pensa sobre o que quer que seja como tenho curiosidade em ouvir o Cristiano Rónaldo discorrer sobre a Filosofia Alemã do século XIX. E mais ou menos pelos mesmos motivos.
Correcção:
"Eu acabo por ler o que f. escreve APENAS aqui no Portugal dos Pequeninos" ...
E já agora, a Fernanda Câncio podia tentar justificar-se acerca das companhias de que desfruta no seu blog e "ailleurs", isto é, aquela gente que acredita piamente em benfazejos santinhos de campos de trabalho forçado, abladores de cortex, fuziladores de "desviacionistas", inimigos do "povo", etc. Ou o comunismo não é uma religião tão credível - ou menos ainda - que a IURD?
O Miguel Neto não quer saber o que a Fernanda Câncio pensa, mas dá-se ao trabalho de comentar nos termos em que o faz. Pois eu, que até não sou bruxo, quase apostava que é daqueles que está sempre atrás do último escrito dela, quanto mais não seja para poder falar mal.
associação ateísta portuguesa???!!
câncio???!!
como dizia o subtil Einstein: "há duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana. quanto ao universo ainda não tenho a certeza absoluta".
e não se pode exterminá-los?
Vale!
E o Dom de D. Nuno, porque o esqueceu o Sr. Bispo - que não se esquece do seu?
Caro Carlos Azevedo
Teve oportunidade de ver a "correcção" que fiz ao meu texto? Actualmente, APENAS leio o que f. escreve, aqui, no Portugal dos Pequeninos. Mas já li muito do que f. escreveu em jornais e em blogues. Também vi os 2 primeiros programas em que ela participa na TVI24 mas que já deixei de ver.
Acredite, se quiser que para mim é indiferente, que actualmente só leio de f. o que o João Gonçalves aqui coloca. E atribuo à muito comum e nem sempre acertada atitude de ver nos outros qualidades nossas essa de ser "daqueles que está sempre atrás do último escrito dela, quanto mais não seja para poder falar mal".
Concluindo, para mim é pois evidente que não é bruxo e, se me permite o conselho, não aposte muitas vezes porque não é claramente o seu forte.
Cumprimentos
Miguel Neto
O mal dessa gente é só um: ignorância. Como diz o Bispo auxiliar de Lisboa, confundem superstição com religião - nem é preciso dizer mais nada.
não sou crente.sou agnóstico à falta de melhor e pior.
este tipo de enxovalho "horizontal" aos crentes só pode vir de gente sem nível intelectual e cívico. mostra total falta de tolerância. não merece ser minimamente respeitada.
que vá barda-merda e para a pqp
radical livre
Com todo o respeito ao serviço de beato Condestável, santo a 26 - se Deus quiser, para lá de histórias de azeite ou de óleos, ainda alguém me há-de explicar onde se arranja santidade em gente que mata?
E se a canonização se ganha pelo patriotismo, há que rezar a Deus que algum milagre nos salpique no acto patriótico do sr. Sócrates no empenho de manter o odre do Barroso em Bruxelas, quando seria menos de lesa-pátria tirar a nulidade de lá para fora.
Ricos e enviesados sejam os oleados critérios da Santa Igreja...
Cada vez que fala da f. (e hoje com citação maior que os posts habituais do próprio João Gonçalves), este blogue desce uns pontos.
Deixe lá a f. em paz e sossego. Se a maior parte dos seus leitores forem como eu, visitam o PDP essencialmente para o ler a si. Na hipótese remota de a querer ler, um link para o pasquim até já seria demais. Só se for pela "pluralidade", mas neste caso, também se dispensa. -- JRF
Caro Miguel Neto,
Eu, de facto, leio com regularidade o que a Câncio escreve. Não para falar mal dela, mas porque gosto de ler o que mulheres fortes (e com aquilo que falta a muitos homens) têm a dizer, mesmo que, actualmente, poucas vezes concorde com ela.
Eu nunca aposto (daí o "quase apostava"), porque tenho a noção de que facilmente me engano em relação às pessoas, sendo que quase sempre são piores do que eu as imaginava. Por isso, antes fosse bruxo, mas tem toda a razão: não sou.
Fique bem.
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