«Os fascismos eram demagógicos, populistas, progressistas, industriais, ateus, racistas, urbanos. O espírito e a obra do professor Salazar é o contrário de tudo isso: elitista, conservador, rural, tradicionalista, crente, desconfiado dos custos do progresso, surdo ao clamor das massas, essencialmente humanista e democrata-cristão, inspirado nas encíclicas papais. Pode argumentar-se que os fascismos não eram pela democracia baseada nos partidos políticos e o dr. Salazar também não. Mas concluir que quem não é democrático é fascista, é boçal ou desonesto.»
José Hermano Saraiva, Álbum de Memórias
10 comentários:
O Prof. Hermano Saraiva será das poucas pessoas vivas que poderá, de forma quase isenta, dar o seu contributo sobre Oliveira Salazar. Já fui ao túmulo de Salazar e percebi que a humilidade daquele espaço é bem reveladora da nobreza de espírito de um homem que nunca enriqueceu à conta do Estado. Vamos ver se estes nossos democratas, quando morrerem, saberão repousar para a eternidade com uma humildade semelhante à que se vê naquele túmulo. Chamem-lhe fascista, chamem-lhe tirano, chamem-lhe provinciano, mas aproveitem para lhe chamar também, no mínimo, altruísta!É, no mínimo, uma questão de Justiça...
este tipo de excertos e este tipo de comentários irão sempre deixar-me em angústia.
«(...)Vamos ver se estes nossos democratas, quando morrerem(...)».
Ó amigo, já os vemos em vida com o descaramento da "ética republicana" ao peito !
Angústia, Inês, porquê? tem medo que o Doutor Salazar volte? Mesmo que isso acontecesse, ele seria o primeiro a morrer de angústia. Sorte a dele que já cá não está.
compreendo a angustia da inês, mas também creio que tem razão quando diz que salazar morreria se cá voltasse e talvez este último facto mais não queira significar que era, no mínimo, despropositado o seu programa político. Poderia ter todas as qualidades humanas que lhe são atribuidas por josé hermano saraiva, mas era democrata, só isso, já é grave. Mas além disso, tivemos a guerra colonial, os presos políticos e uma sociedade que não se conservou, antes embolorou de tão abafada que foi.
Se a Inês Leitão antes se angustiasse com os pilha galinhas que hoje mandam neste pobre país, que homens como Salazar e Hermano Saraiva outrora engrandeceram, seria bem mais proveitoso para ela e para todos nós. Assim, só lhe restam os prozacs, sempre que alguém salta cá para fora a contar as verdades de que não gosta. Habitue-se, minha Senhora, porque elas não vão mais parar.
Vou copiar o post.Os de agora só têm vergonha de nem aos calcanhares do homem chegarem.Uns incompetentes e corruptos...
Realmente o Salazar morreu a tempo, mas de não ser chamado à responsabilidade pela estúpida colonização que fez. Bem podem o João Gonçalves e o Jaiminho Avillez tentarem fazê-lo passar por bom que a História não se vai comover. E a História está a ser escrita, não por antigos ministros do Salazar, como o Saraiva, mas por outros que nunca andaram no beija-mão da União Nacional nem dos partidos do reviralho. Gente de cortar a direito.
Angústia?
O que eutenho é nojo!
o pai do 25 de abril e episódios seguintes é salazar. foi ele com a sua politica a sua visão de futuro o seu humanismo o seu elitismo a sua confusão(e não desconfiança) quanto ao progresso etc. que nos conduziram onde estamos e pelos caminhos que percorremos. errados? errámos muitas vezes, mas outras acertámos.
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