Dalila Rodrigues, a directora do Museu Nacional de Arte Antiga, foi varrida pela tutela pelo interposto director do Instituto Nacional de Museus, Bairrão Oleiro. Colocou condições o que evidentemente esta gente não gosta. Vai ser substituída por Paulo Henriques, do Museu do Azulejo, velho e silencioso cortesão nestas andanças e com uma linda vista para o Tejo.
Adenda: Enganei-me no apelido do Paulo e agradeço ao leitor que me chamou a atenção. Todavia, todos os caminhos vão dar quase sempre aos mesmos, desde a costa do Castelo, passando pela Gulbenkian e acabando nas Janelas Verdes.
Adenda: Enganei-me no apelido do Paulo e agradeço ao leitor que me chamou a atenção. Todavia, todos os caminhos vão dar quase sempre aos mesmos, desde a costa do Castelo, passando pela Gulbenkian e acabando nas Janelas Verdes.
3 comentários:
Não é Paulo Rodrigues. É Paulo Henriques, director actual do museu do azulejo.
Quando se assina uma declaração de posse de um cargo directivo diz-se "juro cumprir com lealdade as funções que me são confiadas". É uma declaração de princípio adaptada do tempo da outra senhora que o João tanto aprecia. Dalila Rodrigues subscreveu essa declaração, mas publicamente e por diversas vezes, veio criticar a gestão do museu que deveria ser e com alguma razão, mais autónoma, quer do ponto de vista administrativo, quer financeiro. Parece que pagou por isso. O que se depreende que algo mudou em democracia, para que continue tudo na mesma...
Se alguma coisa há de errado neste caso é o comportamento da senhora Dalila que, conhecedora das regras do jogo (aprovadas em lei pelo Governo Barroso), as aceitou para a sua nomeação por escolha política e, agora, as recusa no termo legal da sua comissão de serviço. Foi nomeada por um período de três anos que terminam em Setembro.Ponto final, parágrafo.
Reconduzir ou não reconduzir são duas opções de igual legitimidade legal e política.
Tudo o mais são palavras... muitas palavras e um vazio de ideias.
A Directora do MNAA sabe muito bem que nem o actual IMC goza de autonomia financeira, o que dentro dos actuais padrões da administração pública é um dado incontornavel. Gostava tb de saber o que diria e faria Cavaco Silva se o um dos seus ministros à altura lhe dissesse que não concordava com a sua politica e afirmasse públicamente que as condições para continuar no cargo obrigariam à mudança das políticas da tutela?. Estranharia?....é preciso ter lata...
Enviar um comentário