11.11.06

UMA TORTA DIREITA

Numa entrevista sui generis ao Sol, a dra. Maria José Nogueira Pinto torna claro o seu "socratismo" que, pelos termos usados, não passa de desprezível oportunismo. "Quem está no governo é Sócrates e isso facilita a disponibilidade para acordos", diz esta mulher do PP aparentemente à procura de um poder qualquer que a acolha. Em 1991, numa célebre entrevista ao Expresso, o então presidente do CDS, Freitas do Amaral, também se mostrou "disponível" para andar às cavalitas do PS ou do PSD, conforme quem ganhasse. O eleitorado reduziu-o à insignificância de uns miseráveis 4 por cento. A "direita" representada pelo CDS/PP é esta tristeza: um líder que inexiste, uns "portistas" que ninguém conhece e esta senhora, bafejada pela sorte nas autárquicas, que se imagina subtil. Deus lhes perdoe.

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