Não passaram ainda muitos dias desde que correu por aí grave indignação pela expulsão do Canadá de portugueses em situação ilegal. Alguns deles, à boa e lusa maneira da esperteza saloia, tentaram recorrer ao expediente do refugiado político para não serem corridos, devidamente auxiliados na empresa por outros portugueses supostamente mais "evoluídos". Agora, por cá, o serviço responsável por estas coisas, o SEF, "apanhou" funcionários seus, um advogado e um dirigente - imagine-se - da Inspecção do Trabalho empenhados em promover imigração ilegal. Como aldrabões e corruptos que se prezam, estas criaturas, à primeira vista insuspeitas, para o efeito também falsificavam documentos e pediam dinheiro aos incautos imigrantes. Com que "moral" - e escrevo isto sem me rir - é que nós podemos exigir aos outros o que quer que seja? Aqui também se expulsa, como é de lei, e, pelos vistos, pratica-se a mais vil trafulhice em relação à miséria alheia. Lá como cá, continuamos como sempre, sem emenda.
2 comentários:
Finalmente há alguém que coloca as coisas sem hipocrisia. O chico-espertismo nacional nem sempre funciona e as críticas devem ser precedidas de um período autocrítico.
Não se pode criticar abertamente o
tuga,pois os exemplos que vêm de "cima",incentivam ainda mais os
espertalhões,deste Portugal de abril, onde ninguem é responsavél por coisa nenhuma.
O Retiário
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