Por que raio é que as pessoas são mentirosas? Deu-me assim* , não sei porquê, para esta interrogação recorrente do Greg House.
3 comentários:
Anónimo
disse...
A mentira pode acontecer,a meu vêr para ... “isenção de culpa” ... “ocultação de problemas” e/ou “problemas emocionais” ... “esconder ignorância” ... esconder outros tipos de “situações ocasionais” ... e, há a “mentira/omissão” até para benefício do outro ... no fundo é triste e, complicado lidar-mos com pessoas que “mentem” como se estivessem a falar, sempre “verdade” ... ás vezes penso que teem uma “habilidade mental fantástica” roçando por um certo “grau de inteligência” ... porem prefiro a “verdade” porque a mentira “é sempre descoberta” já GANDI dizia ... “A verdade é dura como o diamante, mas delicada como a flôr de pessegueiro” ... há tambem as explicações mais profundas e/ou mais plausíveis,como
“A questão psicológica da mentira é, muito mais complexa do que vulgarmente se pensa. Sua raiz se encontra na pulsão epistemofílica formulada por Freud, Melanie Klein e Bion, que situam a curiosidade infantil articulada ao sadismo e oscilando entre a verdade e o pensamento onipotente. A possibilidade sempre presente, portanto, de falsificação da realidade está na essência do psiquismo humano. A situação que, no âmbito da produção do pensamento, Bion chama de função K, expressa a dialética da relação verdade-mentira. Assim, é muito fácil de compreender que uma determinada ética possa conter a própria falsificação que seu discurso pretende refutar. Essa ética pode ser tanto a do narcisismo da classe dominante quanto a dos regimes paranóicos. A mentira, neste caso, é consubstanciada à ética, o que filosoficamente é um paradoxo. Entretanto, na perspectiva política e na dinâmica do inconsciente, essa contradição é perfeitamente conhecida e reconhecida. A mentira, por outro lado, pode estar integrada a certas personalidades que a psiquiatria denomina, sem muita precisão, de psicopáticas e a psicanálise qualifica como atuadoras. Neste particular, é bom lembrar que a política está situada na ordem do agir muito mais do que no refletir e, portanto, os indivíduos de acção perversa ou equilibrada estarão sempre mais próximos do acting out, do que do pensamento reflexivo. Evidentemente, o indivíduo perverso age de modo falso, sintonizado com o seu Eu, enquanto as pessoas mais equilibradas entram em choque com sua consciência ao mistificarem a realidade em benefício próprio. A mentira do psicopata é ego-sintônica e, portanto, não lhe causa culpa ou remorso. Essa condição pode evoluir desde a mentira convencional, passando pela mentira delinqüencial, até alcançar a mitomania. Deste modo, teríamos embutidas na vida política quatro formas básicas de mentira: a mentira por motivos de Estado, a mentira derivada da ética da falsa consciência burguesa, a mentira da ética paranóica e a mentira psicopática. Esta conceituação visa à compreensão do processo de incorporação da mentira ao sistema político, tanto em condições normais quanto patológicas. “O homem é capaz de se esconder na abstração intelectual e na doutrina filosófica para escapar à responsabilidade e ao compromisso social. O homem pode dizer a verdade fingindo estar mentindo ou pode mentir passando-se por verdadeiro, e essa capacidade atualmente alcançou o nível da mentira eletrônica, com o desenvolvimento da parafernália comunicacional usada para monitorar o consciente e o inconsciente da maioria esmagadora da população mundial. Tal situação, no mínimo, põe a existência social da democracia entre parênteses e permite afirmar que o locus mais importante da mentira política moderna encontra-se na falsa consciência co-extensiva ao processo midiático à disposição dessa minoria narcisista internacionalizada. O ponto mais extremo dessa configuração pode ser encontrado nos regimes e respectivos governantes ostensivamente paranóicos. Nesses, mais do que nos sistemas narcisistas, existe uma ética particular que sustenta e convalida a mentira política”
3 comentários:
A mentira pode acontecer,a meu vêr para
... “isenção de culpa”
... “ocultação de problemas” e/ou “problemas emocionais”
... “esconder ignorância”
... esconder outros tipos de “situações ocasionais”
... e, há a “mentira/omissão” até para benefício do outro
... no fundo é triste e, complicado lidar-mos com pessoas que “mentem” como se estivessem a falar, sempre “verdade”
... ás vezes penso que teem uma “habilidade mental fantástica” roçando por um certo “grau de inteligência”
... porem prefiro a “verdade” porque a mentira “é sempre descoberta”
já GANDI dizia
... “A verdade é dura como o diamante, mas delicada como a flôr de pessegueiro”
... há tambem as explicações mais profundas e/ou mais plausíveis,como
“A questão psicológica da mentira é, muito mais complexa do que vulgarmente se pensa.
Sua raiz se encontra na pulsão epistemofílica formulada por Freud, Melanie Klein e Bion, que situam a curiosidade infantil articulada ao sadismo e oscilando entre a verdade e o pensamento onipotente.
A possibilidade sempre presente, portanto, de falsificação da realidade está na essência do psiquismo humano.
A situação que, no âmbito da produção do pensamento, Bion chama de função K, expressa a dialética da relação verdade-mentira.
Assim, é muito fácil de compreender que uma determinada ética possa conter a própria falsificação que seu discurso pretende refutar. Essa ética pode ser tanto a do narcisismo da classe dominante quanto a dos regimes paranóicos.
A mentira, neste caso, é consubstanciada à ética, o que filosoficamente é um paradoxo. Entretanto, na perspectiva política e na dinâmica do inconsciente, essa contradição é perfeitamente conhecida e reconhecida.
A mentira, por outro lado, pode estar integrada a certas personalidades que a psiquiatria denomina, sem muita precisão, de psicopáticas e a psicanálise qualifica como atuadoras.
Neste particular, é bom lembrar que a política está situada na ordem do agir muito mais do que no refletir e, portanto, os indivíduos de acção perversa ou equilibrada estarão sempre mais próximos do acting out, do que do pensamento reflexivo.
Evidentemente, o indivíduo perverso age de modo falso, sintonizado com o seu Eu, enquanto as pessoas mais equilibradas entram em choque com sua consciência ao mistificarem a realidade em benefício próprio.
A mentira do psicopata é ego-sintônica e, portanto, não lhe causa culpa ou remorso. Essa condição pode evoluir desde a mentira convencional, passando pela mentira delinqüencial, até alcançar a mitomania. Deste modo, teríamos embutidas na vida política quatro formas básicas de mentira: a mentira por motivos de Estado, a mentira derivada da ética da falsa consciência burguesa, a mentira da ética paranóica e a mentira psicopática. Esta conceituação visa à compreensão do processo de incorporação da mentira ao sistema político, tanto em condições normais quanto patológicas.
“O homem é capaz de se esconder na abstração intelectual e na doutrina filosófica para escapar à responsabilidade e ao compromisso social.
O homem pode dizer a verdade fingindo estar mentindo ou pode mentir passando-se por verdadeiro, e essa capacidade atualmente alcançou o nível da mentira eletrônica, com o desenvolvimento da parafernália comunicacional usada para monitorar o consciente e o inconsciente da maioria esmagadora da população mundial.
Tal situação, no mínimo, põe a existência social da democracia entre parênteses e permite afirmar que o locus mais importante da mentira política moderna encontra-se na falsa consciência co-extensiva ao processo midiático à disposição dessa minoria narcisista internacionalizada.
O ponto mais extremo dessa configuração pode ser encontrado nos regimes e respectivos governantes ostensivamente paranóicos.
Nesses, mais do que nos sistemas narcisistas, existe uma ética particular que sustenta e convalida a mentira política”
é melhor antecipar a consulta para a sexta-feira...
... tambem acho
... se, depois do que leu "comenta" desta forma
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