10.3.06

A MAIS

Quando já praticamente nos tínhamos esquecido dele, eis que Freitas do Amaral, em Salzburgo, volta à carga. No rescaldo de debate parlamentar do "topete", da revisitação psicanalítica das suas relações com o CDS e da "compreensão" que manifestou perante as turbas ululantes e violentas dos mundos islâmicos, Freitas tratou agora de chamar ignorantes aos que o criticaram. Adiantou que "não reformulava essa frase [a da "compreensão"], apenas talvez a explicasse a quem não sabe aquilo que só os ignorantes podem ignorar" e que "juridicamente compreender significa perceber as causas e condenar significa discordar e considerar negativo o facto". Esta escolástica jurídico-patética e a adjectivação utilizada pelo MNE não são recomendáveis a um ministro de Estado. Aparentemente Freitas nunca compreendeu bem o lugar que ocupa no governo e nem consegue, com um módico de bom senso, interpretar a realidade. Está, sem dar por isso, cada vez mais a mais.

6 comentários:

João Gonçalves disse...

Sra. D.Clara: só para a informar que não sou do CDS nem tão-pouco um "senhor da direita". De resto, sou, de facto e quando me apetece, um senhor.

João Gonçalves disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

... muito bem respondido

... eu, pensava que estávamos num País livre !!!

... e, se o autor deste BLOG fosse de "direita"?

... penso que este é um espaço para opiniões de todas as "vertentes" desde que correctamente clocados
... quanto ao Dr. Freitas acho que não vou sequer gastar o meu tempo

Anónimo disse...

O 'drama' de Freitas - ser independente.
Um problema.
A merecer um louvor meu na Visão.
Sem deixar de o pode criticar quando entender.

Anónimo disse...

Eu que também não sou propriamente uma senhora de direita dei comigo a pensar o que teria o homem cogitado a ouvir o "provinciano de Boliqueime" falar, e muito bem, de e do alto.Mostrava-se, como se impõe, sério e circunspecto, mas lá no fundo nem a psicanálise lhe vale.

António Viriato disse...

Mais uma estrela que perde brilho na depauperada galáxia política portuguesa. Que tipo de desarranjo terá sofrido Freitas do Amaral ? Com amargura faço a pergunta, porque há muito o estimo. Temo pelo que se passará naquela outrora bem arrumada cabeça.Terá tudo isto algo que ver com negócios, petróleos e afins ? O que fará com que pessoas, por todos consideradas inteligentes, argutas e de espírito cultivado, andem a contemporizar com ideais e comportamentos retrógrados absolutamente nos antípodas daquilo que elas antes estimavam e preconizavam ? Aqui há mistério...