12.3.06

ESTILOS RADICAIS

Os acasos das minhas estantes levaram-me de volta ao livro de Susan Sontag, Estilos Radicales (Styles of Radical Will, no original), adquirido em Barcelona numa viagem eminentemente wagneriana ao Teatro Liceo. Não é preciso ler todos os ensaios. Bastam os três da I Parte, "a estética do silêncio", o famoso "a imaginação pornográfica" e "penser contre soi: reflexões sobre Cioran". E também não é necessário concordar com tudo. O livro foi escrito nos anos sessenta do século passado, mas Sontag, no posfácio para a edição espanhola, mais de vinte anos passados, é muito clara e, em certo sentido, contemporânea alegando "a legitimidade e a necessidade de continuar a formular uma estética da resistência, resistência às barbaridades da nossa cultura, aos apocalípticos jogos de planificação dos nossos líderes e ao conformismo das nossas imaginações e das nossas vidas."

1 comentário:

Anónimo disse...

... o que são “20 anos” para “algumas coisas”?
... relativamente ao que Sontag escreve até parece que o “tempo parou”
... por isso é que eu digo que devemos ser “persistentes” dentro de uma forma construtíva e, este assunto é um deles, a meu vêr. Daí ele dizer e, até “perecía” futurologia
... "a legitimidade e a necessidade de continuar a formular uma estética da resistência, resistência às barbaridades da nossa cultura, aos apocalípticos jogos de planificação dos nossos líderes e ao conformismo das nossas imaginações e das nossas vidas."