... De Giuseppe Verdi, para ver no Teatro Nacional de São Carlos, a partir de amanhã, 31 de Outubro, e dias 2, 4, 6 e 10 de Novembro. Libreto de Arrigo Boito, baseado na tragédia Othello, The Moor of Venice, de William Shakespeare. A direcção musical pertence a Antonio Pirolli, a encenação é de Nicolas Joel e a cenografia de Ezio Frigerio. Os cenários e figurinos são do "Théâtre du Capitole de Toulouse". Cantam, entre outros: Mario Malagnini, Otello; Dimitra Theodossiou, Desdemona; Carlo Guelfi, Jago; Carlos Guilherme, Cassio; Carlo Cigni, Ludovico. Toca a Orquestra Sinfónica Portuguesa com o Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Otello regressa ao São Carlos depois de, em 1989, Placido Domingo lhe ter dado voz, naquela que foi a única presença do tenor no nosso teatro lírico. É a primeira de um conjunto de óperas que Paolo Pinamonti escolheu para uma temporada que, se não existirem os habituais trambolhões por causa dos "dinheiros", se anuncia auspiciosa. Destaco Otello por, além disso, ser uma das minhas óperas preferidas. Como sugestão discográfica, considero imperdível a versão "ao vivo" - primeiramente ouvida, em "vinil", na casa do saudoso José Ribeiro da Fonte - captada no Teatro alla Scala de Milão, em 1976, dirigida por Carlos Kleiber, com Placido Domingo (a estreia no papel titular), Mirella Freni e Piero Cappuccilli, todos no auge das suas carreiras. Também recomendo as versões onde aparecem os tenores americanos Jon Vickers e James Mckracken, seguramente dois dos maiores "Otellos" do século passado. Ou ainda o Otello de Herbert von Karajan, com Mario del Monaco e Renata Tebaldi (existe uma outra gravação de Karajan, magnificamente dirigida e musicalmente fabulosa, com a Freni e com Vickers, porém "estragada" por um inexplicável Jago de Peter Glossop). Escrevo de cor. Coisas da idade.
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