Mais uma vez no carro, via Antena Um, fiquei a saber que o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil - aquele que nos "defende", com enorme sucesso, das calamidades públicas- emprestou uma "tenda de campanha" desmontável, com os respectivos adereços, a um país vítima do "tsunami" de Dezembro passado. Foi devolvida há seis meses, jazendo na Alfândega de Lisboa à espera que a vão buscar. Tirando este "kit" do SNBPC, só existe outro idêntico afecto ao INEM. Acontece que o dito Serviço se "esqueceu" ou não se interessou em ir "levantar" o material e foi a Alfândega que teve de "avisar" o SNBPC que a presença do material, sem ser "desalfandegado", já está a custar cinco mil euros à Protecção Civil. Também na área da Administração Interna, foi "ressuscitado" um relatório, com cinco anos de idade, para efeitos meramente políticos e demagógicos, sobre o consumo de álcool e de droga dentro das forças de segurança. Isto já para não falar do célebre "descontentamento" permanente de polícias e "gnr's" - que se manifesta quase sempre de uma forma grotesca e inaceitável - e das greves intermitentes do SEF. Ou da moribunda IGAI que foi votada ao abandono político desde que Rodrigues Maximiano se foi embora. Ainda não percebi como é que, com tantos secretários de Estado - um dos quais o "iluminado" José Magalhães - e um subsecretário de Estado, não é possível introduzir um mínimo de racionalidade nos diversos departamentos directamente responsáveis pela segurança interna. A única excepção consiste nas alterações nas chefias máximas dos serviços de informações, como não podia deixar de ser, não se sabendo se ocorreram pelas melhores razões. Não sei se falta autoridade política ao "super-ministro" António Costa ou se lhe falta outra coisa qualquer. Sei, porém, que a sensação que se transmite para a opinião pública é a de uma anarquia larvar que atravessa praticamente todos os sectores por que ele é directamente responsável, sendo certo que não se trata propriamente da agricultura ou das pescas, por exemplo. Isto devia preocupar alguém. Ou não devia?
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