O meu amigo Medeiros Ferreira está incomodado pelo facto de as televisões terem trocado a primeira reunião da comissão política do candidato Mário Soares por galinhas assustadas com a gripe. Também achou que não foi dada a devida nota às declarações de Severiano Teixeira, "jovem professsor universitário", nas suas palavras, e porta-voz do candidato. Eu ouvi o "jovem" porta-voz e ele comportou-se à altura da sua habitual irrelevância. Aliás, a sua simpática "brancura" podia fazer dele, com facilidade, porta-voz de uma outra candidatura qualquer. Não faz qualquer diferença. M. Ferreira recorda - muito se "recorda" nestes meios -, a propósito do "manifesto eleitoral" de Soares, um outro, de 1965, sobre a auto-determinação da colónias, o que seguramente não passará despercebido ao eleitorado de 2006. Acontece que o "problema", a haver algum, não é da comunicação social. Esta deu ao evento a importância que ele merece. Pouca. O problema é mesmo a candidatura de Mário Soares. Se o país não se interessa, não se comove, não se entusiasma e não se espreme por ela, de que quem é a culpa? De quem?
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