Na palhota, deu-se a transumância do governo para um conselho de ministros em Bragança, com direito a uma mini-sessão de propaganda final, presidida pelo seráfico Dr. Morais Sarmento. As televisões ainda tentaram ouvir os autócnes gemer algum reconhecimento público por mais esta generosa manifestação "regionalista" do executivo. Uma desilusão. Não se escutou um regozijo, não se pronunciou um elogio, não se murmurou uma esperança. Nada. Indiferentes à passagem da caravana do Dr. Santana Lopes, os transmontanos responderam com "ironia e cansaço" quando lhes perguntaram o que é que ganhavam com o frívolo exercício governativo. Cada vez mais perto do irreal e cada vez mais longe do país, o Dr. Lopes prepara-se para conduzir este seu privado delírio para bordo do navio-escola Sagres, onde decorrerá novo conselho de ministros para a semana, segundo foi noticiado. Se ninguém o suster a tempo, imagino que Marte possa vir a ser um destino provável para um conciliábulo deste género. Entretanto, e para entreter a sua gente, Santana vai até Barcelos para presidir, durante três dias, a um congresso de íntimos confidentes, devotos agradecidos e nulidades ambiciosas. Escolheram bem. Este "estilo" frenético, algures entre o "regionalista light" e o "parvenu", encontrou ali, finalmente, a sua mascote.
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