10.11.04

ALGUMA COISA

Ninguém deu muito por isso, porém já passou um mês sobre a entrada em funções de José Sócrates como secretário-geral do PS. Tratou-se, no geral, de um mês mortiço. Francamente esperava mais de José Sócrates. E esperava mais na proporção exacta em que não espero nada de Santana Lopes. Segundo li, o PS "ainda" vai decidir se há-de votar contra o Orçamento de Estado. Não me parece que haja alguma "razão de Estado" suficientemente forte para votar a favor de tão ilustre documento. Como de costume, na linha mole tão do agrado "institucional", o PS vai apresentar umas "alterações" que candidamente espera que a maioria "discuta" com ele e, num acesso mais condescendente, deixe cair uma vírgula ou uma frase mais inócua. Como não é provável que isto aconteça, então aí o PS recusará o Orçamento, se não seguir pelo branco e patriótico caminho da abstenção, um estilo tão do agrado de Belém. Quero com isto dizer que ainda não senti o PS a mobilizar consistentemente alguma coisa. E, dada a gravidade acéfala do momento que atravessamos, não nos podemos contentar com o conhecido ditame de Lampedusa. Agora é mesmo preciso que alguma coisa mude para que nada fique na mesma.

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