«A corrupção portuguesa, alojada nessa zona cinzenta em que o político e o privado confluem pelo tráfico de influências, precisa de ser pensada nesses mesmos termos institucionais. Mais transparência, mais fiscalização por entidades independentes e pela comunicação social, mais clareza e separação entre quem decide e quem controla.
Rose-Ackerman dá exemplos: podemos evitar que a nomeação dos titulares das entidades reguladoras fique permeável à influência dos governos; devemos criar novas regras para os conflitos de interesse dos políticos (sem incompatibilidades demagógicas) e simplificar os procedimentos administrativos mais sensíveis; devemos pensar se o Tribunal Constitucional é o órgão adequado para acompanhar os financiamentos políticos; devemos melhorar os poderes de investigação dos órgãos de polícia possivelmente como alternativa à criminalização do enriquecimento ilícito.
Mas sobretudo, diz Rose-Ackerman, “se não tivermos instituições que as pessoas respeitem”, não haverá estratégias que resultem. Aqui está um bom ponto em que só temos falhado.»
Pedro Lomba, no Público
Miguel Esteves Cardoso, idem
«Aqui não há direito a opiniões. A liberdade religiosa, que é a separação da religião do Estado, é um direito humano só recentemente conquistado, à custa de muito sangue. Não querem muçulmanos, judeus, cristãos, budistas, crentes de seja o que for? Não os deixem entrar. Mas, se tiverem deixado entrar (porque precisavam), deixem-nos estar. Não os expulsem. Não os reprimam. Deixem-nos praticar a religião que têm.
Haja normas arquitectónicas e regras de poluição sonora — mas que se apliquem a todos. A democracia é a justiça. Duh.»
Miguel Esteves Cardoso, idem
3 comentários:
Então boa estadia, Tiago.
Se o João ferver demasiado, deite-lhe água benta.
WTF ?!!
(What the F##k?)
Nauseated Portuguese
Pois. E até devemos respeitar a reciprocidade. É um facto que que ninguém lá obriga, por exemplo, as mulheres ocidentais a taparem o rosto, além de que os países islâmicos estão cheios de catedrais, cruzes e crucifixos.
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