15.12.09

AS ALEGRES COMADRES

«E, no entanto, por trás de todo este alarido, no sossego dos gabinetes, os acordos essenciais não deixam de se fazer entre o PS e o PSD. Há uns tempos, numa pirueta inesperada, os sociais-democratas ajudaram prestimosamente o Governo a resolver o imbróglio que tinha sido criado com os professores. E, na semana passada, no meio de grande algazarra pública, soube-se que o Orçamento Rectificativo tinha sido negociado entre o Governo e o dr. Jardim por interposto PSD – e à custa, diga-se, de passagem do dinheiro dos contribuintes, que vão continuar a pagar alegremente a factura do endividamento da Madeira. Aquilo que o ministro das Finanças, no plenário, considerou um verdadeiro "regabofe" foi sancionado, com o devido recato, pelo seu colega dos Assuntos Parlamentares. O que estes acordos mostram – e o Orçamento do Estado se encarregará de confirmar – é que, apesar da diversidade das teses e da balbúrdia que por aí reina, nem o PS nem o PSD se encontram em condições de ir a votos nos próximos tempos. O engº Sócrates, que entretanto parece ter desistido de governar, só tem a apresentar aos portugueses um rol de desgraças sem paralelo e da sua exclusiva responsabilidade. O PSD, por seu lado, não chega sequer a ser uma alternativa: entretido com as suas intrigas domésticas, sem uma liderança de facto e sem propostas que se conheçam, o partido acabou por se transformar numa espécie de válvula de segurança do engº Sócrates. Se o PS está – e vai continuar a estar – no Governo, ao PSD o deve

2 comentários:

José Carlos Silva disse...

Na banca rota, uma rixa entre o gato e o rato.Os restantes partidos divertem-se, ausência de propostas alternativas e sérias. Aquilo que se pode esperar, é instabilidade. Mais mais tarde ou mais cedo, eleições antecipadas. Não é assim?!

radical livre disse...

estou convencido que no psd ninguém está interessado em pegar num país agónico.

o pm é catedrático em comicios, campanhas eleitorais
e nada mais

o governo faz lembrar "a múmia paralítica".