Ao contrário de Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite, na TVI, recolocou as coisas nos respectivos patamares de relevância. Manuela não tem a obrigação de garantir todas as semanas um show televisivo. Nem tão pouco lhe compete alimentar a língua de pau dos jornais e dos "comentadores". Por isso, tão tranquila quanto convicta e responsável (dentro da contingência em vigor e do regime a ela sempre sujeito), a presidente do PSD, julgo eu, confrontou as pessoas que a viram com o não conforto da realidade. Sem tagarelices nem espectáculo. Manuela foi seca mas os tempos também correm secos. A felicidade oficial declamada permanentemente pelo 1º ministro, à mistura com a gravitas importada a que a crise obriga, precisa de abanões feitos com seriedade e não de programas de televisão. Santana Lopes chegará, se chegar, e quando for altura disso. Manuela demonstrou que tem pelo menos a consciência de que a verdadeira "quadratura do círculo" é, simplesmente, a vida das pessoas. Nada mais.
12 comentários:
dos campos elíseos de zé magalhães ao
tártaro da realidade e de MFL
Nesta Senhora, ao contrário, do iníquo dirigente do ps sente-se:
pietas, fides, humanitas
radical livre
Meu caro, o problema não é a eventual tranquilidade ou convicção da Dr. Manuela. O probema é se ela tem competência e se é ou não a pessoa certa para ser primeiro ministro. E, nesse aspecto, custa-me ouvi-la num discurso que, se o entendermos bem, denota algumas falhas de coerência, honestidade e até soluções. Ao classificar o valor de 0.6 de crescimento do PIB de irreal, nesta conjutura, e indicar o valor de 0.2 como o mais indicado, não lhe parece que está a ser pouco honesta? Ainda para mais quando foi responsável por "prognósticos" em OE anteriores que falharam estrondosamente com diferenciais de 3%? Por outro lado, não lhe parece estranho que a promotora da "obcessão do défice" entre agora numa lógica de medidas que põem em causa o défice público? E o que dizer da sua posição quanto aos grandes investimentos públicos quando, ao mesmo tempo, diz que deve haver uma preocupação com o emprego? Será que não há ligação? Será que é apoiando as empresas que têm prejuizo que se vai criando emprego e desenvolver e melhorar o tecido empresarial português? Serão estas empresas, as que dão prejuízo, que vão alterar os números de desemprego e do desenvolvimento económico? E o que dizer da acusação de que OE está cheio de truques? Será que está a pensar na "venda" das dividas ao citibank? E quando diz que a crise internacional só atingiu Portugal porque Portugal já estava em crise, será que pensa o mesmo para Espanha, Reino Unido, Alemanha,França e todos os outros países? E quando o FMI diz que Portugal vai crescer 1% e muitos, que sempre cresceram mais do que Portugal, vão entrar em recessão, será que está a ser eleitoralista?
João Narciso
O seu comentário é uma análise correcta do que foi a entrevista.Estou totalmente de acordo consigo e longe dos bota -abaixistas de serviço,muitos dentro ou nas margens do PSD,pagos pelo Sócretinismo para destruirem a imagem e a pessoa de MFL.
Três décadas depois, é tempo de contar com um regresso ao admirável e obrigatório mundo da realidade.
Vantagens de quem não depende do sistema para viver, isto é, de ser livre.
Não querendo ser masoquista, tem-me ocorrido que felizmente há crise.
Que os Linos se empenham em negar.
Até quando?
BM
Não acham esquisito que a informação controlada pelo poder socialista esconda o que MFL diz sobre a situação económica portuguesa e este Orçamento feito à medida do eleitoralismo de Sócrates? Se os socialistas estão seguros das suas 'verdades', por que se descontrolam quando reagem a MFL? O 'sereno' Teixeira dos Santos estava hoje irreconhecível. O ministro das Finanças nao deverá a imagem de serenidade de um Governo?
Vi a entrevista da MFL na TVI. So faltava bater. Espumava. eriaçada. insolente. caustica. soturna. ácida. cheia dela-
Não queremos bonomias. mas naão gosto de acidez excessiva, para quem trem culpa.
e não gosto de impolutas , agora virem argumentar uma petit lettre do discurso eleitoral, dizendo que nunca exluiu ninguem.
Verdade. disse isso. mas e o resto?
estou farta deste PSD. Estrou farta deste partido doente com sangue velho e rançoso.
O LOpes é o fim. Roma não paga a traidores
Ao contrário de Sócrates, Manuela Ferreira Leite, não é irrealista nem transpira optimismo em relação aos tempos próximos em matéria de economia e finanças. Dos responsáveis máximos deste governo já se ouviu de tudo: que a crise económica acabou (Pinho) que o emprego aumentou, que a reforma da Administração Pública é um sucesso, e que a economia nacional irá resistir à crise económica mundial.
MFL tem a virtude de dizer o que pensa e não dizer aquilo que o povão gosta de ouvir com intuitos eleitoralistas. A economia melhorou? O emprego aumentou? Será benéfico para o País as grandes obras públicas anunciadas? As pessoas vivem mais desafogadas, sem dívidas à banca? São estas questões que comesinhas que interessam aos portugueses e não os vendedores de ilusões.
Felizmente não é a vida das pessoas, mas se fosse a Manuela devia preocupar-se com isso.
E quanto a Pacheco Pereira é para o lado que durmo melhor, mas já Santana Lopes tem a ver com a vida das pessoas...
Para mim foi o melhor momento de MFL após assumir a liderança do PSD. Não sei se o meu nível de expectativa era baixo, apenas o registo de que fiquei um pouco mais animado...
Mais uma vez o Canal do Governo (SIC) está em sessão contínua anti Ferreira Leite. Pois é, passámos da obsessão do défice da Manuela à obsessão da SIC contra a Manuela...
A entrevista de MFL fez estalar o verniz do ministro das Finanças de Portugal, habitualmente tão cerimonioso e institucional, como deveria ser sempre o timbre do ocupante de tão digníssima função. Como disse hoje a Maria João Avilez, será que a MFL foi mesmo mais eficaz do que julgámos?
Pronto, é oficial: o ministro Teixeira dos Santos foi empossado como o caceteiro político de serviço do governo! Eu sei que já começamos o período de caça, mas caros senhores, mais moderação e respeito pela função de ministro das finanças de Portugal
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