28.8.07

UM REGIME RAPACE

O Tribunal Constitucional condenou os partidos ao pagamento de coimas em virtude das suas crónicas "más contas", neste caso, por causa das legislativas de 2005. Antes veio a lume a questão Somague/PSD e, antes desta, a questão PS/empresário brasileiro/círculo fora da Europa. Não vamos mais longe. Quando Soares era 1º ministro, foi devidamente autorizada a alarvidade da urbanização do Baixo Mondego. O PS mandava e o gesto betoneiro não foi inocente nem resultou de nenhum almoço de borla. Anos depois, numa presidência aberta sobre o ambiente, o mesmo Soares classificou o acto como uma calamidade. Alguém lhe chamou a atenção para a circunstância de ter sido ele, como chefe do governo, quem havia autorizado a dita calamidade. Soares, naturalmente, não se desmanchou e disse estar a fazer "auto-crítica". A plutocracia regimental é rapace e não pára em nenhum partido em especial. E só terá fim se alguém, um dia, lho puser.

3 comentários:

Anónimo disse...

Nada a ver com a rapacidade, mas ainda há outro post.
Sobre a Turquia, já ouviu o seu Sarkozy, o seu nietzschiano heroi?

Anónimo disse...

Amigo João, acha que a política algum dia foi diferente? Acha que algum dia será diferente?
Ás vezes penso que nós é que estamos errados, será?
Não acredito, mas cada vez mais acredito da velha máxima "São todos iguais!". E o resto do mundo não é diferente, nós é que pensamos que é!

Raimundo Narciso disse...

«Estou a fazer "auto-crítica"» além de me ter arrancado uma gargalhada... a esta hora da noite, reconheço que é de génio. Se não aconteceu pelo menos traduz à perfeição o que é dado conhecer de Soares, gafes e desenrascansos à rei Soares.
Acho que o Nuno tem razão. O nº elevado de políticos torna a amostra representativa... dos portugueses e dos homens em geral.