Em 1975, debandámos de Timor em condições que são conhecidas. Em 99, salvo erro, andámos de mãos dadas e vestidos de branco pelas ruas de Lisboa a bradar "ai, Timor...". O dr. Sampaio fartou-se de lá ir gastar resmas de lenços de papel onde secou as honestas lágrimas que verteu pela "causa". O sr. Horta e o sr. Xanana, por causa da má consciência nacional (a nossa, claro), foram amplamente subsidiados pelos impostos portugueses para se chegar ao actual estado da arte. A Fretilin - ex-partido de ambos e agora uma "força" aparentemente tomada de assalto por criminosos e violadores - anda na rua a escavacar o que sobrou dos desastres anteriores. Razão tem Jaime Nogueira Pinto no seu livro sobre Salazar. Sorte a dele não ter assistido à triste agonia do Portugal ultramarino. É uma espécie de agonia permanente que havemos de expiar até à eternidade, desde a remota ilha de Timor até àquela que foi a luminosa baía de Luanda ou Lourenço Marques. Toda esta bandalheira tem a mesma origem. Sorte a do Doutor Salazar que já não estava cá para a ver.
11 comentários:
A debandada de Timôr:
Um governador geral incapaz de tomar qq iniciativa e assumir o restectivo risco. Reformado depois como oficial general, chamado com alguma frequência para opinar nos OCS.
Com um chefe de estado-maior, remetido ao conveniente silêncio - veio a chefiar o exército em Portugal, muitos anos depois.
Quando bastava chamar o jovem comandante de meia centena de militares (pára-quedistas), perfeitamente aptos e capazes de pôr ordem na anarquia em vigôr.
Perante as não respostas de Lisboa, a solução mais infeliz:
desertarem de Dili e esperarem numa ilhota próxima, o regresso a Lisboa.
Às pantufas.
A página, foi virada, deixou muitas mágoas, pena, para os presentes, vindouros, pena, que a verdade não seja contada - pelo contrário - cantam hossanas, àqueles, que não sabiam o que faziam, ou então sabiam, agiram de má-fé, perversidade, favorecendo terceiros, contra o Ideal Português.
( por aí continuam de barriga cheia e empertigada )
A historia sempre se repete só que agora não há o prec para fornecer armas á fretilin.
Actualidade de Timôr:
Sem qq razão para constituir um Estado independente,opinião corroborada por uma timorense/portuguesa conhecida de Lisboa.
Depois do visto e revisto desde a independência, que anda ali a fazer um contingente militar (e outro de professores)?
Para quê e porque carga de água, andamos ali a gastar uma fortuna com aquela gente?
Uma segurança pessoal dos senhores Horta e Xanana? Demasiado cara e não da competência do Estado português.
Para utilizar uma expressão do JG, a fazer de «cipaios» dos australianos?
Basta.
Crê você que seria possivel uma solução diferente da descolonização? Poderia, ainda hoje, portugal ser um império ultramarino? Com que tipo de organização política?
A FRETILIN sempre foi apresentada pelas nossas elites políticas como a 8ª maravilha.Esquecendo os cubanos que já lá andavam, os anos de estágio com democracias como as da frelimo de moçambique ,de certeza assessores da "cor" pagos pelo nosso orçamento.
Bem fica demonstrado que a FRETILIN é a mesma merda ou pior do que o resto.Primeiro por não aceitarem uma derrota democrática e segundo por se demonstrar o que de facto andavam a fazer na sua terra:preparativos duma ditadura.
Pareceu-me haver por cá muita lágrima... ainda bem.
O Xanana tem agora que entrar em força, única coisa que mete respeito nessas paragens...
«Xanana?»
Entrar em força?
Com as forças dele ou com a GNR, para não dizer as da Austrália?
O que fazem os mitos.
Como o da luta/resistência de Xanana contra a Indonésia. Demasiado incipiente para dever ter merecido qq credibilidade.
O tão auto apregoado desinteressado do poder, acaba de manifestar a sua verdadeira condição humana/política.
Perder as eleições e ganhar a chefia do governo!
Pode ser que o método venha um dia a servir cá.
-Confesso que o processo de nomeação do novo governo de Dili não me agada, penso que Ramos Horta deveria convidar o lider do partido mais votado a formar governo, exigindo-lhe em simultâneo uma solução estável, sob pena de não o empossar, só depois partindo para a actual situação, o conteudo resultaria o mesmo, a forma estaria melhor, á Fretilim fará sempre bem uma cura na oposição para afastar de vez com os espiritos totalitários que ainda por lá vagueiam, ainda que já não represente o perigo dum regime facinora como o que representava em 1975, e que contando com a colaboração do então poder fantoche de Lisboa, obrigaram a Indonésia com a cobertura Australiana e a simpatia Norte Americana a evitarem o nascimento duma Cuba na região.
Desgraçadamente Salazar não viu. Ele sabia que a solução não poderia ser outra, que o drama da descolonização mais cedo ou mais tarde iria acontecer. Mas ele não quis ser o protagonista do fim de uma era da nossa história iniciada no século XV. Preferiu aguentar em vez de, forma gradual, preparar as colónias para autodeterminação e a independência. A sua decisão foi patriótica como patriota que era. Mas o patriotismo, pelo menos neste caso, não foi, de todo, a melhor via, tanto para os colonizados como para os colonizadores.
Pois, eles agora bem querem coser o «ovo da serpente», e não sabem como, nem com o quê. A canalha anda à solta. Chupem-na até ao tutano.
Pois é tudo muito lindo, mas o Horta não é parvo: com o Xanana ao lado, Timor vem cá buscar uns trocos valentes. Vejam bem, o Xanana até é do Benfica - como é que se pode recusar o que seja! E a SIC ajuda!
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