15.8.07

PRISON BREAK


Uns quantos reclusos fugiram da prisão de Guimarães. O estabelecimento prisional era dirigido por uma senhora que, como é dos costumes, foi transferida. A referida senhora deve ter tido tanto a ver com a fuga como eu. O sistema penitenciário - para adultos e para menores - tem sofrido com o esplendor facilitista dos tempos. Em vez do direito, a psicologia. Em vez da política criminal, a sociologia. Em vez da pena, a assistência social. Isto, mais tarde ou mais cedo, paga-se. À frente de estabelecimentos prisionais e das antigas casas de correcção (nome mais apropriado do que o presunçoso e democrático "centro educativo") colocam-se pessoas que normalmente não possuem a mais vaga ideia do que significa tratar com criminosos. Estimáveis criaturas - centenas delas - espalhadas por "equipas de reinserção social", "formadas" nos mais extravagantes cursos, acompanham a execução da política criminal como se fosse coisa para tratar de ânimo leve. Não vou ao ponto, decerto reaccionário, de considerar que certas funções não deviam ser exercidas por mulheres. Todavia, afigura-se-me que o regime (por causa dos complexos antifascistas e de outras questões mal resolvidas) ainda não encontrou o equilíbrio em sede de política criminal e de execução de penas. E sempre que o PS é poder, a coisa agrava-se. António Costa, ministro da justiça de Guterres, e Alberto Costa, ministro da justiça de Sócrates, são os dois maiores responsáveis pela esquizofrenia vigente. Só me admiro que não fujam mais.

7 comentários:

Anónimo disse...

"certas funções não deviam ser exercidas por mulheres." Porquê reaccionário? Muito pelo contrário, é de um bom senso elementar.Aliás,com a macaqueação do soi~disant polìticamente correcto,estmos a assitir à efeminização disto que ainda se vai considerando um país.Valha a verdade que não estamos sós:basta olhar para a Espanha do Zeropatatero(Aznar dixit)...

Anónimo disse...

Os referidos ministros (entre outros)têm seguido a melhor das políticas. Se assim não fosse, como é que arranjavam emprego para as turbas de psicólogos, sociólogos e demais "ólogos" que por aí andam, e para a clientela do PS... E, além disso, os adultos e menores delinquentes precisam é de ser educados, com ternura e a brincar, para não se aborrecerem das lições.

Anónimo disse...

Parabés por mais este excelente texto!
Concordo em absoluto com o que diz. As políticas tolas, arquitectadas por gente insensata, no âmbito do direito penal e do processo penal, já estão a dar os seus "frutos".
Mas, infelizmente, as consequências são muito mais profundas e miseráveis, do que umas meras fugas das cadeias.
O clima de medo e de insegurança que assola o nosso País reflectem bem o que estes desmiolados desgovernantes têm andado a fazer.

Pedro Barbosa Pinto disse...

Pois o que eu acho espantoso é que exista quem queira fugir da prisão.
Isto cada vez mais parece que bom é lá dentro.
Tirando a merda das penas que cada vez são mais pequenas e qualquer dia não dão sequer para um gajo se ambientar.

Anónimo disse...

Isto só se resolve quando a ordem dos advogados "exigir" um advogado junto de cada guarda prisional...
(eh...eh...eh...)

Anónimo disse...

Aqui está um enorme potencial tão desaproveitado.
Tanta mão de obra para a limpesa da floresta, por ex...
Com vantagens para os próprios, ocupação do tempo, exercício, serviço à comunidade...
Falta de tempo para pensar, lá em cima.

escória-porco disse...

Portugal tem alguns indicadores interessantes (na UE): 1- A maior percentagem de mulheres que trabalham fora de casa. 2- idem que fazem investigação científica. 3- ibidem que terminam cursos universitários. Provavelmente como juízes, etc... etc... Sem pôr em causa a capacidade para exercerem BEM essas funções, acho que devemos ter a coragem de questionar os INTERESSES. Por exemplo, dessa investigação científica sai muita coisa de tipo humanista mas nada que venda ou que se imponha no mundo globalizado, nada verdadeiramente competitivo. O próprio ensino (obviamente, após o 25A, muito planeado por mulheres ) entra no mesmo combóio. Porque será que mais rapazes abandonam a escola antes do final? O tipo de ensino não terá (também) algo a ver com isso?