Aproveitem as "férias grandes" não apenas para a displicência a para a idiotia familiar - é nestas alturas que as melhores famílias descobrem que albergam no seu "seio" uma autêntica família Adams - mas para ler. E para descobrir ou redescobrir esses anti-heróis eternos que habitam em nós como danados: Raskolnikov, Julien Sorel, Fabrizio del Dongo ou Emma Bovary. E para perceberem que o lixo que deixam acumular nas prateleiras lá de casa e que tomam por livros, não é nada.
4 comentários:
Nem todas as familias serão displicentes e idiotas e nem todos possui-mos vocação Heroica ou anti-Heroica.
Não tome a nuvem por Juno nem generalize a sua realidade.
Há 40 anos quando andava na 3ª classe uma professora obrigou-me a escrever 50 vezes:
mos nunca se separa
mos nunca se separa
........
nunca mais me esqueci!
foda-se que tu es um frustrado do caralho...
Já que estamos na "estação parva" porque não um comentário do mesmo teor? A reler os "nossos" do final do séc.XIX, fautores um pouco daquilo que de melhor a nossa literatura tem no domínio da especulação políica - Antero, Batalha Reis, Eça e, especialmente, Oliveira Martins - dou comigo a tentar perceber as célebres causas do "apagamento" deste povo secular. Agora, em pleno séc. XXI, repetem-se os atavismos, os rotativismos, enfim toda uma panóplia de acontecimentos que quase me fazem acreditar no factor congénito do nosso apoucamento. Como o Grande Português de Sempre já não volta, até sendo seguro, como diz o povo, que já nem um seria suficiente, temos diante de nós um futuro hipotecado pela malta da minha geração. Pode ser que os novos, um dia, abram os olhos e tomem conta disto. É o que resta.
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