Um leitor deixou um comentário neste post que merece um comentário. Fala em "historiadores" que "cortam a direito" e que vão "desmascarar" criaturas como Hermano Saraiva, Nogueira Pinto ou - honra suprema - eu próprio no que toca à figura do Doutor Salazar. Não faço ideia a que "historiadores" que "cortam a direito" se refere. A cortesãos do regime que lambem as botas de tudo o que lhes cheire a pequeno poder imediato independentemente do partido ou do PR? A deputados da extrema-esquerda caviar? A comentadores televisivos sempre atentos, venerandos e obrigados a quem está? Não faço ideia. Este ano faleceu um grande historiador que nunca bajulou ninguém para ter obra (e da grande) mesmo quando não se concorda com ela em matéria, por exemplo, de I República. Refiro-me a A. H. de Oliveira Marques que praticamente morreu ostracizado pelo regime que ajudou intelectualmente a formar. E, nas "fornadas" mais recentes, só enxergo o Rui Ramos que não me parece tributário da corte. Espero que me esclareça no próximo comentário e, de preferência, com o seu nome como fazem as pessoas adultas.
5 comentários:
Cortar a direito?
Nada disso, já não é possivel.
«Já não há padres nem militares», na expressão de um antigo accessor plítico da PR.
Para denunciarem os parasitas.
As sanguessugas do PIB nacional.
As elites políticas do blococentral .
«Os devoristas» do regime democrático (título de VPV sobre as elites do regime liberal do séc XIX, bem semelhantes aos actuais).
Os depredadores pós modernos.
Com um pé em S. Bento e outro em Bruxelas.
...continuo a achar uma excelene ideia este "retorno ao Prof. Salazar" em confronto com o miserável "Estado da arte" actual.
Espumam por tudo que é orifício; uma preciosa terapia, generosamente gratuita.
No ponto.
Abraço,
... mas é pecado, é mau, é anti-democrático preferir algumas situações anteriores às actuais ?
Então o senhor do comentário julga que agora é que está tudo bem ?
De facto, agora e para algumas vedetas do actual sistema, está uma maravilha e, possivelmente, para o tal comentador que, proponho, se integre no grupo "resendes, teixeiras & cª.".
excrente
O principal problema de Oliveira Marques é que vai ser incensado pelos panfletos politicos que escreveu (Tudo o que diga respeito à primeira república) e esquecido por aquilo que realmente foi bom e inovador (Medievalismo).
Apesar de nos últimos anos ter sido colocado na prateleira há alguns anos atrás não havia politico que não gostasse de o citar ou de aparecer a seu lado. Um pouco como Torga.
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