10.12.06

O CASTIGO DO NATAL


As próximas duas a três semanas são de incenso, ouro e mirra para o governo. Mesmo tesos, cheios de dívidas até aos cabelos e deprimidos, os portugueses não resistem à farsa do natal. Refiro-me aos centros comerciais, às lojas, às ruas, à agitação medíocre onde se finge uma alegria que manifestamente não existe. Lá para seis ou sete de Janeiro, com os "reis" despachados até ao ano seguinte, é a doer. O Eduardo já sentiu o que acabo de escrever. "De tarde, na Fnac Chiado, vira-me obrigado a uma irritante gincana para não pisar as criancinhas que gatinham, pulam e gritam, nem interferir com o ângulo de visão dos progenitores que usam os telemóveis para fotografar os rebentos, esparramados no chão ou a atirar CD’s à cabeça uns dos outros, e toda a gente parece achar natural impor a terceiros a bagunça doméstica (mas não achavam se fosse um miúdo das barracas a urinar nas escadas rolantes). O simples facto de embiocar crianças numa cave com luz artificial, em vez de as levar para lugares ao ar livre, é sintoma de quê? Estava a chover? E daí? A chuva nunca matou ninguém." Pois. Quem é que o mandou sair de casa?

2 comentários:

Anónimo disse...

Porque é que ninguem comenta? ...


É tão somente, uma VERDADEIRA SOCIEDADE de CONSUMO ...

Qual NATAL! Enfim ...

Anónimo disse...

...às vezes penso que, para não se ser consumista hoje em dia, já terá de se nascer PERFEITO!!!