Quando estive a trabalhar para a Comissão Europeia na Guatemala e em El Salvador, lembro-me que os telejornais abriam invariavelmente com notícias e imagens de acções policiais. Era compreensível. Países com índices elevados de criminalidade, polícias com fama e proveito de corrupção, resquícios "revolucionários", guerras civis, gente armada, etc. etc., tudo isso justificava a insistência "pedagógica" na evidenciação da intervenção das novas "polícias democráticas" e das magistraturas. Por cá, nada justifica que, dia sim, dia não, os telejornais relatem o desempenho das forças policiais, de fiscalização e de inspecção como se se tratasse de uma extravagância. Fossem um ou quinhentos agentes, limitam-se a cumprir as suas funções. Não há meio de nos livrarmos do estigma latino-americano. Nem pelas boas nem pelas más razões.
2 comentários:
Totalmente de acordo.
Permito-me acrescentar que, para os editores das "nossas" notícias, o Mundo é invariavelmente relegado para um segundo, ou terceiro, plano.
Coisas da globalização, tal como eles a entendem.
portanto, também já teve um tacho na U.E. Muito bem.
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