Três notas a propósito de jornais lidos num avião. Um jovem cubano, estudante de sociologia, ouvido numa rua de Havana no dia das comemorações dos oitenta anos do "líder máximo", lembrou que na antiga Roma se costumava distrair o povo com festas e festanças enquanto o imperador agonizava. Na Coreia do Norte, Kim Jong Il, segundo fontes oficiais, é tão "querido líder" que, graças à sua preclara direcção, o país não regista um (1) único caso de Sida. Em Barcelona, um médico de apelido Martin, perpetra abortos como quem enrolha garrafas, numa clínica onde acorre de tudo, desde aflitas a mentirosas. Uma jornalista nórdica foi até lá "disfarçada" de grávida de oito meses e o referido médico e a sua esplendorosa clínica privada estavam dispostos ao cometimento a troco de umas boas centenas de euros. Pelos vistos, e apesar das desconfianças deste "dr. Jeckyl and mr. Hyde" catalão, o seu negócio desfaz qualquer gestação independentemente da passagem do tempo. Espanha é como cá, nas causas de exclusão de ilicitude, variando nas semanas consoante o "motivo": 12 ou até 23, quando se alega a "saúde psíquica" da parturiente. Esta última, como se constata facilmente, serve para tudo e cabe lá quase tudo. Até meros casos de polícia como o deste Martin espertalhão e das senhoras que não hesitam em se verem livres de fetos perfeitos como se fossem furúnculos para a frente.
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