Hoje e amanhã estarei a dar o meu pequeno contributo para a redução do défice e da despesa pública. A forma como as televisões "cobrem" as greves na administração pública é muito interessante de observar. Os paizinhos, coitadinhos, que não sabem onde é que vão deixar os filhos, os pobres cidadãos desinformados - pelos vistos, pelas mesmas televisões - que encontram os centros, os hospitais e as repartições de finanças fechados, o justiceiro que pretende justiça justamente no dia da greve, etc. etc. A ideia é perceptível. Existe um bando de energúmenos que deviam estar de perna aberta para nós, cidadãos, e que decidiram ficar em casa, os malandros. Esta divisão artificial entre bons e maus é ridícula. As greves, desde que o mundo é mundo, fizeram-se precisamente para incomodar, para maçar, para perturbar. Caso contrário, mais valia estarem quietos. Eu pago para fazer a greve, doando ao Estado e aos cidadãos incomodados e desinformados o meu dízimo. Por isso, estou-me nas tintas para as lamúrias e para os comícios como aquele que, ao acordar - sim, porque a minha "consciência social" é movida a Lexotan -, estava o sr. ministro de Estado e da Administração Interna a fazer no Parlamento, em directo, como se tivesse inventado a roda. Que diabo de governo que foi inventar esta cada vez mais detestável figura que eu não conhecia. De vez em quando falava da "direita" e contra a "direita" como se ele representasse a "esquerda". Esqueceu-se que o país que, em surdina, se revolta não é propriedade de ninguém. É tanto a "esquerda" como a "direita". Se quiser, é um "bloco central social" que um dia lhe apresentará a factura política. Dr. Costa: ande mais por aí e leia menos dossiês burocráticos que o "povo", em nome do qual imagina falar, explica-lhe.
11 comentários:
As GREVES só servem para fundamentar o ditado: "os Cães ladram, mas a Caravana passa"!!!!
Servirão para mais alguma coisa????
Ah, sim, servem, para os grevistas descansarem as costas.....
Mas onde estava o João quando o Ministro Dias Loureiro tinha por capricho tratar os grevistas à paulada? Mas que injusto que você é com o PS...
Devia estar a cortar fitas.
http://freedomtocomment.blogspot.com/
Existe um bando de energúmenos... do qual v. é o chefe...
Excelentíssimo post.
Eu rebolo-me a rir quando ouço aquele do burro contra o Ferrari gabar-se de que o governo onde ele é nº 2 anda a fazer aquilo que a direita não foi capaz quando lá esteve.
Não tenho bem a certeza, porque sou um cidadão desinformado por opção, mas há um senhor que tem um restaurante(onde se come bem, diga-se), que tem um daqueles carros que parece viatura de ministro de bem com Sócrates e um 4x4 maior que um autocarro. E?, perguntarão... nada, apenas vi, por várias vezes, contas a serem pagas no dito restaurante sem factura. A mim, por exemplo. Desconfio, que, desta forma, pelo menos dois cilindros e uns tantos parafusos das viaturas serão de nós todos.
Ora, caro engenheiro, toca a ir sacar o que este tipo lhe deve para investir em escolas e essas coisas que me fazem ter gosto em pagar impostos.
Interessante as reacções às greves patentes em alguns comentários. Deviam mudar-se para a China ou para a Coreia do Norte, onde tudo corre sobre rodas, os governos são "democráticos" e "populares" e, maravilha das maravilhas, não há greves!
João!
Amigo!
O POVO ESTÁ CONTIGO!
Senhor Joao
Por favor veja o fogotabrase.blogspot.com e verifique a governacao socialista nos acores
Obrigado
"Há ainda pessoas para quem a greve é um escândalo: quer dizer, não apenas um erro, uma desordem ou um delito, mas um crime moral, uma acção intolerável, que a seus olhos perturba a Natureza."
O público da greve, mitologias, Roland Barthes
Caro JG
É tão bom viver à custa do orçamento. Os parolos pagam os impostos e toca a calar.- Façam greve e se possível todos os dias-. Garanto que não se vai dar por isso. Enquanto os parolos da economia real, os trabalhadores e os empresários, aqueles que produzem a riqueza, se mantiverem activos, não acontece nada. Esses sabem o que lhes custa se não houver resultados nas empresas, ou seja,, sentem na pele a concorrência. Palavra que não existe no léxico dos funcionários públicos.
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