No PS, para além de Sócrates, Costa e Silva Pereira, manda no aparelho um moço de bom aspecto chamado Marcos Perestrello, produzido por António Costa, e secretariado por Capoula dos Santos. Até foi ele, julgo, quem organizou o congresso albanês de Santarém e que, juntamente com José Manuel dos Santos e o cineasta Barroso, preparou um filmezinho de propaganda histórica - do tempo em que o partido era vivo - para presentear os camaradas. Segundo o Expresso, os ditos Perestrello e secretário mostraram-se muito incomodados por Paulo Pedroso ter chamado a atenção da organização do congresso - deles, portanto - para o facto de o líder o ter convidado para a comissão nacional e de, a final, o nome do ex-ministro não aparecer. Com a empáfia de quem sabe que pode e manda, Perestrello garantiu que o nome de Pedroso "nunca esteve na lista e nunca foi pedido a ninguém que recolhesse a assinatura dele". Verdade ou mentira, o certo é que o líder se viu forçado a convidar Pedroso para a comissão política, tal como o ministro Luís Amado que, como aristocrata da política e não do aparelhismo, foi esquecido pelos caciques de serviço. No lugar de Pedroso, ou mesmo de Amado, eu não teria aceite nada de gente desta natureza. Pedroso tem legítimas expectativas e ambição política que manifestamente não cabem na lógica "socrática" em vigor. Isto não tanto por causa de Sócrates, mas mais por causa da nomenclatura que o rodeia. Pedroso foi bom enquanto durou. O tempo e circunstâncias desagradáveis fizeram dele uma peça incómoda num partido onde reina a paz dos cemitérios. Ao aceitar a comissão política, nestas condições, Pedroso só se diminui inutilmente.
2 comentários:
Porque não "Os casos Pedroso e Amado"?
Pedroso (só) é mais atractivo?
Abaixo os zelotas!
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