4.11.06

A HONRA PERDIDA DE UM JOVEM TENENTE

De acordo com o Expresso - e já o tinha lido noutro sítio qualquer - o ministro da administração interna, dr. Costa, instaurou um processo disciplinar contra o jovem oficial da GNR que se apercebeu das alegadas irregularidades praticadas na Escola Prática da Guarda. O tenente, de 28 anos, e com especialização nas contabilidades e na gestão, segundo a IGAI, teria sido o responsável pela informação veiculada ao Expresso e, vai daí, levou com um processo idêntico ao que levaram os supostos autores das irregularidades. Imagino que este jovem quadro da GNR se deve sentir maravilhado com esta diligência ministerial. E que, daqui para diante, se sinta como peixe na água na instituição que agora o condena. Para começar, e apesar de ser o melhor classificado do seu curso, já foi preterido na promoção a capitão. Ninguém, na vida e nos cursos (vários) que o jovem tenente frequentou, lhe explicou que o país é uma imensa paróquia, dividida meticulosamente em capelas, em que cada uma tem os seus oficiantes exclusivos. Na cabeça de quem dirigiu as averiguações, o jovem tenente terá violado o sagrado "segredo de justiça" e, por isso, é perseguido disciplinarmente da mesma maneira que o são os alegados infractores. António Costa, cujo desempenho como MAI lhe deu para mostrar uma inédita "musculação política", já varreu com dois sindicalistas pobres de espírito da PSP e prepara-se para estragar uma carreira promissora e íntegra à conta da "autoridade do Estado" que ele tem andado a confundir com autoritarismo gratuito. Não conheço o jovem tenente de lado nenhum, mas conheço o António Costa, o filho de Maria Antónia Palla e de Orlando Costa. Tenho pena pelos quatro.

13 comentários:

Anónimo disse...

Pois...

;)

Anónimo disse...

E eu também o conheci nos tempos da faculdade. A vida era bela: Associação de Estudantes de Direito, JS e emprego certo... no partido. :-(

Anónimo disse...

Muito bem , Caro João, excelente! Os "próximos" candiadatos a salientes quexinhas ficam desde já advertidos. A denuncia frontal e corajosa será severamente punida

Anónimo disse...

Chamar a alguém "tia" é como chamar a alguém preto ou paneleiro. É uma forma de qualificação perjorativa, que imediatamente diminui a pessoa visada. A diferença é que chamar a alguém "tia" é politicamente correcto.

Anónimo disse...

Para quando uma resposta à questão dos assessores? Meu caro João Gonçalves, não me diga que afinal não sabe quantos são os "imensos assessores" de MJNP?

Anónimo disse...

Estou convencido que a notícia não deve estar correcta.
A ver vamos.
Embora seja de admitir que a justiça militar se vá transformando em algo de semelhante ao que se passa com a justiça civil/tribunais comuns.
Z

Anónimo disse...

Concordo com o luís l.p.

Venha de lá a coragem (que o Tenente teve) para responder "à questão dos assessores". Não nos faça ter tanta pena de si, como você tem desses tais "quatro"...

João Gonçalves disse...

Não sejam ridículos.

Anónimo disse...

Mas o Tenente tinha esgotado, dentro da corporação militar a que pertence,todas as possibilidades de denunciar o caso?

É que se não o fez, bem merece o inquérito!

Tanta pressa em tornar público o assunto faz pensar que pode haver algum interesse pessoal!

E como isso é o que mais se vê na imprensa portuguesa...

Anónimo disse...

Mas o Tenente tinha esgotado, dentro da corporação militar a que pertence,todas as possibilidades de denunciar o caso?

É que se não o fez, bem merece o inquérito!

Tanta pressa em tornar público o assunto faz pensar que pode haver algum interesse pessoal!

E como isso é o que mais se vê na imprensa portuguesa...

Anónimo disse...

O que eu não entendo è o que é que os progenitores de António Costa têm a ver com este assunto. Pode explicar?

Anónimo disse...

Ninguem ainda esclareceu a Sabrina que não é "perjorativo"mas PEJORATIVO ? Falta de latim ou até de simples prática de leitura,mas assim vamos.

Anónimo disse...

A questão não é se o tenente denunciou cedo ou tarde, se esgotou ou não as vias hierárquicas.
O que importa é saber se aquilo que denunciou é ou não VERDADE.
Nestes casos, seguir a via hierárquica significa mordaça, punição e arquivamento imediato.
E a VERDADE ficaria para sempre (ou por muito tempo) no silêncio e na escuridão de um armário poeirento na cave da intocável instituição.