De acordo com as "audiências" televisivas, os seios da menina Pereira venceram Santana Lopes, e Santana Lopes, por uma vez, venceu Cavaco. Graças à minha muito querida amiga São, estou provido com o derradeiro livro de memórias de Gore Vidal, Point to Point Navegation, A Memoir 1964-2006. Logo nas primeiras páginas, Vidal escreve que "para a Ágora, a Arte agora é som e imagem; e os livros estão fechados. De facto, a leitura, seja do que for, está em declínio. Metade do povo americano nunca leu um jornal. Metade nunca vota nas presidenciais - a mesma metade?". Aqui é mais ou menos a mesma coisa. Da menina Pereira ao livro de Santana Lopes - escrito com os pés e com tiradas que não ocorreriam à sra. Rowling -, passando pela inútil entrevista presidencial, a nossa "Ágora" não se recomenda. Cada vez mais tenho pena de não ter crescido umas gerações atrás. A minha, tão tragicamente representada pelos "Pedros", "Paulos", "Zé Maneis", "Sarmentos", "Costas" e "Sócrates" desta vida (como sublinhava a Constança Cunha e Sá no Público de ontem), falhou redondamente às mãos de uma delirante demência, ambiciosa, egoísta e nula. Em apenas quatro, cinco anos, mostraram - estão a mostrar - o que valem e de que "matéria" são feitos. De todos, o mais "humano" ainda é "o Pedro". Que pobre consolação.
3 comentários:
"ai quem me dera..." ter vivido no glorioso passado quando tudo era bom e belo...
Puxandoa brasa à minha sardinha, diria que há cá Ágoras que se recomendam.
Tenho impressão que o Pedro é Humano, demasiado humano.
é destes é que tenho medo. Aliás, apesar das patéticas tentativas de incensar esta criatura, a folha de serviço não se apaga. É só preciso recuar no tempo...
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