2.11.06

DO MEDO


A propósito dos textos colocados nos posts anteriores, ocorreu-me que, há dias, uma querida amiga que viveu a sua juventude e os primeiros anos de trabalho sob a "ditadura", me dizia que se sentia mais à vontade nesses "anos de chumbo" do que agora. E de não democrata ou medrosa é que ela não tem mesmo nada. O saudoso prof. Carlos da Mota Pinto, citando um político americano, costumava dizer que a pior forma do medo era "o medo do medo". Esta maioria, às vezes, mete medo ao próprio medo.

4 comentários:

Anónimo disse...

Também convém não exagerar...

Anónimo disse...

Sabiam que a ministra da educação é a orientadora de mestrado do primeiro-ministro?

Que é ex-casapiana?

E ex-mulher de um professor que se quis divorciar dela?

Anónimo disse...

O medo é o pior inimigo da gente.

"Ter medo é fracasso. Receio de ir em frente, de ganhar coisas, meu irmão. Medo é ameaça constante, pior que uma faca apontada nas goelas ou revólver encostado nos neurónios. Todos nós, detentos, sabemos isso na boa.
Como também sabem, os doentes terminais com câncer, os filho-da-puta no Corredor da Morte lá nos States, os infectados com HIV e a galera que escreve nos blogues. O medo não pode virar aliado, camarada. Tem que enfrentar, hostilizar e matar. Na hora. E quanto mais cedo o galo cantar, melhor.

Eu e o Chefia tivemos um papo sobre isso. E numa de análise circunstancial bastante proveitosa deu p’ra verificar de seguida que topava minha jogada, cara. Tão claro como jogo do bicho: a insegurança atrai essa ansiedade medonha de não se sentir seguro. Não fica assim não. A melhor arma p’ra combater essa insegurança é eliminar preocupação, essa cobra venenosa, e alhear o temor de se fazer respeitar.

Se você tiver valor, meu irmão, o respeito que tiver pelos outros cairá em si dobrando, tá entendendo? É isso aí! Medo é pior que a dor. Dor entra e sai. Medo se não sacudir, fica p’ra sempre.
Na minha cama deito eu. Na tua deita quem você quiser. Mas se medo virar esporte, nunca vai bater recorde."

"Zé Pequeno", familiar de uma das vítimas em Carandirú (SP-1992) condenado a dois anos e meio por tráfego de estupefacientes

via: http://osolaosquadradinhos.blogspot.com/

Anónimo disse...

...se se entrar, por exemplo, num Museu e, apesar da proibição de tocar nas obras de arte, alguém o fizer, pode ser chamado a atenção...mas, se a tentar roubar...o caso muda de figura!!

É a diferença entre o ANTES e o DEPOIS!!!!