5.4.05

A SERVIDORA

O Jumento, remetendo para outro blogue e para a revista Actual do Expresso, fala-nos do estado aparentemente caótico em que se encontra o Instituto Camões, dirigido pela sublime Simonetta Luz Afonso. Diz-se ali, com manifesta candura, que existe "informação mais do que suficiente para demitir a presidente daquele Instituto". Pura ilusão. Acontece que Simonetta não tem nada de burra. Tem aliás "elasticidade" suficente para aguentar qualquer "estação". Não lhe faltam amizades em qualquer das virtuosas "casas" políticas que, uma vez uma, outra vez outra, nos pastoreiam. Um dia, no Coliseu, num remake dos Estados Gerais do eng. º Guterres - ela que, por sinal, já vinha "de trás" -, quando a jornalista lhe perguntou o que é que estava ali a fazer, Simonetta explicou tranquilamente que, uma vez que era "funcionária pública", estava, muito naturalmente, junto de quem mandava. Aplicou-se, com método e dedicação, a desenvolver o mesmo princípio após o sumiço do referido engenheiro. Suponho que é assim que vai continuar. E suponho que é assim que a vão deixar continuar, ali ou noutro sítio qualquer. É que existe uma enorme diferença entre o servidor público e o servil público. Isso percebe-se. Até um burro o entende.

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