10.4.05

BLADE RUNNER

A próxima disputa pela liderança do PSD deverá ser entre Marco António, o "génio" nortenho do partido, e António Preto, o "dono" dos militantes de Lisboa, apresentando para secretário-geral respectivamente os nomes de Valentim Loureiro e de Isaltino Morais. Deverá existir ainda uma "terceira via" promovida por Helena Lopes da Costa, que contará com Luís Filipe Meneses para o lugar do "cobrador do fraque". Mota Amaral fica como "provedor religioso" de qualquer líder e Alberto João Jardim encarrega-se da "agitação e propaganda" e da perseguição ao "sr. Silva", um perigoso clone do Presidente da República à solta no país. Os "intelectuais" reunidos em torno de António Borges deslocam-se uma vez mais a Marte para a implantação da primeira secção do partido num outro planeta. Entretanto, o PSD vai sendo dirigido aos domingos à noite a partir da RTP-1, durante cerca de 20 minutos de verdadeiro "serviço público", altura em que Marques Mendes aproveita para tomar notas para o resto da semana. Graças ao satélite colocado em Marte, sob o alto patrocínio do "choque tecnológico" gentilmente cedido por José Sócrates a António Vitorino, que é vizinho de Borges naquele planeta, é possível detectarem-se todos os movimentos de Santana Lopes que, diz-se, "anda por aí" aos "caídos". No salão do livro de Bruxelas, de 2006, é entregue a Durão Barroso o prémio "Luís Delgado" para o melhor argumento de ficção político-científica para o período 2002/2006. A tradução do livro para português foi garantida por Vasco Graça Moura e a edição esteve a cargo de Zita Seabra que, juntamente com os primeiros cem mil exemplares, ofereceu gratuitamente um preservativo e um opúsculo poético de Mendes Bota. A adaptação que deu origem ao argumento aqui relatado, foi feita por Manuel Dias Loureiro e Margarida Rebelo Pinto, estando já garantida uma versão em "braille" para os militantes do PSD.

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